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    Finalistas da Libertadores têm folhas salariais de times médios do Brasil

    RAFAEL REIS
    ENVIADO ESPECIAL A BUENOS AIRES

    13/08/2014 02h00

    Com o salário que o Santos paga ao recém-repatriado Robinho, o Nacional (PAR) conseguiria bancar seu time todo por mais de dois meses. O San Lorenzo arcaria com os custos do seu jogador mais caro por mais de meio ano.

    Após quatro títulos consecutivos de brasileiros e uma sequência de nove finais com participação de pelo menos um clube do país, a decisão da Libertadores terá só os primos pobres do continente.

    Depois de empate por 1 a 1 na semana passada, no Paraguai, San Lorenzo e Nacional se enfrentam às 21h15 desta quarta (13) para decidir quem será campeão inédito do torneio sul-americano ""o vencedor do jogo leva o título. Novo empate arrasta a final para a prorrogação e, se necessário, aos pênaltis.

    Enquanto os clubes da primeira divisão do Campeonato Brasileiro recebem muitas dezenas de milhões de reais por ano pela transmissão dos seus campeonatos, os finalistas da Libertadores consideram o prêmio de R$ 12,3 milhões pago ao campeão como uma fortuna.

    Um abismo separa as realidades financeiras dos times do país pentacampeão mundial e do restante da América do Sul, incluindo aí Nacional e San Lorenzo.

    Abismo que não impediu que os argentinos eliminassem Grêmio e Cruzeiro nos mata-matas e que o Nacional empatasse os dois jogos que fez com o Atlético-MG durante a fase de grupos.

    Editoria de arte/Folhapress

    A folha salarial do clube paraguaio gira em torno de US$ 100 mil mensais (cerca de R$ 230 mil).

    O valor é menor do que costumam gastar times pequenos que disputam o Campeonato Paulista. O Ituano, por exemplo, pagava aproximadamente R$ 400 mil em salários no primeiro semestre.

    O San Lorenzo tem um poder de investimento maior, mas ainda irrisório quando comparado aos rivais brasileiros. O meia Piatti, o mais caro do elenco argentino, ganha, somando luvas e salários, algo em torno de R$ 80 mil mensais.

    O valor é tão irrisório que o San Lorenzo perdeu seu astro antes mesmo do fim da competição continental.

    O meia foi para o Montréal Impact, do Canadá, e está fora da segunda partida da decisão. Já Romagnoli, o veterano capitão do time, tem pré-contrato acertado com o Bahia, que luta para não cair no Brasileiro.

    O desmanche também deve atingir o Nacional, que é incapaz de competir com propostas que chegaram por Orué, Riveros e Torales.

    O jornalista RAFAEL REIS viaja a convite da Bridgestone

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