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    Presidente da Conmebol quer times dos EUA na Libertadores

    RAFAEL REIS
    ENVIADO ESPECIAL A BUENOS AIRES

    14/08/2014 02h00

    De olho no crescimento do mercado do futebol nos Estados Unidos, a Conmebol quer times norte-americanos disputando as próximas edições da Taça Libertadores da América.

    O novo presidente da confederação sul-americana, o paraguaio Juan Ángel Napout, 56, revelou à Folha que pretende aumentar a participação de clubes da Concacaf, federação que representa países das Américas Central, do Norte e Caribe, na competição sul-americana.

    Fontes ligadas à Conmebol asseguram que a principal intenção da medida é atrair as equipes da MLS (Major League Soccer), a liga profissional norte-americana.

    "É importante que aconteça a aproximação entre Conmebol e Concacaf. Afinal, a América é uma só. Essa é uma ideia que interessa a todo mundo", disse o dirigente.

    O projeto não será implantado imediatamente, já que depende das articulações das duas confederações e de alterações no regulamento da Libertadores –o número de participantes teria de aumentar ou o de representantes de cada país, cair.

    Norberto Duarte - 8.ago.2014/AFP
    O novo presidente da Conmebol, Juan Ángel Napout, na sede da entidade
    O novo presidente da Conmebol, Juan Ángel Napout, na sede da entidade

    A proposta de Napout deve ser discutida pelo comitê executivo da Conmebol em suas próximas reuniões.

    Desde 1998, clubes do México, país filiado à Concacaf, podem disputar a Libertadores (o título de 2014 seria decidido ontem, entre San Lorenzo e Nacional, após o fechamento desta edição).

    Os mexicanos Cruz Azul (2001) e Chivas Guadalajara (2010) já disputaram a final do torneio, mas perderam. Mesmo que vencessem, não teriam direito de ir ao Mundial de Clubes por não serem ligados à Conmebol.

    A aproximação entre a confederação sul-americana e os EUA já é uma realidade.

    O país irá receber em 2016 uma edição extra da Copa América –a Copa Centenário– em homenagem aos cem anos de fundação da Conmebol. O torneio contará com as dez seleções sul-americanas e seis da Concacaf.

    Além disso, a MLS já admitiu mais de uma vez ter interesse em ver seus times jogando a Libertadores por considerá-la mais atrativa comercialmente que a Concachampions, a Copa dos Campeões do restante da América.

    De acordo com a Pluri Consultoria, os EUA têm hoje a terceira liga nacional das Américas com maior média de público, ficando só atrás de México e Argentina.

    A última temporada da MLS teve 18.743 torcedores nas arenas por partida, contra 14.951 do Campeonato Brasileiro.

    O jornalista RAFAEL REIS viaja a convite da Bridgestone

    Filipe Rocha/Editoria de Arte/Folhapress

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