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    Evolução do vôlei teve início antes da prata nos Jogos de 84

    PAULO ROBERTO CONDE
    DE DE SÃO PAULO

    25/08/2014 02h00

    O Brasil nasceu para o vôlei como potência na primeira metade dos anos 80. Mas é discutível atribuir à derrota da seleção masculina para os EUA na final da Olimpíada de Los Angeles, em 1984, o início da vigorosa trajetória.

    Aquele time, conhecido como "geração de prata" pelo revés, era de ouro. Rebobine o fio da memória em um ano, para 1983. Dois fatos envolvendo o time, um seguido de outro, alçaram o Brasil a um patamar mais elevado.

    Um foi a apoteótica partida contra a União Soviética, papa-tudo da época, disputada em julho perante quase 96 mil pessoas, no Maracanã. O Brasil venceu por 3 sets a 1.

    O outro foi o título do Pan de Caracas, sobre Cuba, rival imbatível até então.

    Com tais façanhas, quebrou-se uma barreira definitiva. A prata olímpica e tudo o mais vieram a reboque.

    Com ampla divulgação na televisão –e aí é forçoso lembrar de Luciano do Valle, ou "do Vôlei""", o esporte caiu no gosto popular e as equipes ganharam patrocinadores.

    Ginásios começaram a lotar. Clubes como o Banespa tornaram-se fontes de renovação que serviu às seleções feminina e masculina.

    Apesar de sair sem medalhas dos Jogos de Seul, em 1988, o bom momento persistiu no Brasil. Em 1992, veio o primeiro ouro masculino.

    Ao mesmo tempo, explodia o potencial da equipe feminina. Em meados dos anos 1990, a seleção era a única a encarar –em quadra e bate-bocas nas redes– Cuba.

    Os pódios viraram frequentes, na quadra e na praia, e a condição de potência se consolidou em duas fases no novo milênio: primeiro com o time masculino de Bernardinho; e agora com as meninas de José Roberto Guimarães.

    Internamente, nem sempre o sucesso se reflete. Os campeonatos nacionais constantemente veem a fuga de patrocinadores e equipes.

    A TV aberta hesita em abraçá-los de vez, mas conta com a anuência da confederação em exibir só jogos decisivos.

    E, apesar do profissionalismo, a CBV não difere de suas equivalentes. A gestão de Ary Graça é investigada por irregularidades.

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