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    Maior potência do ano, Brasil estreia no Mundial de judô

    PAULO ROBERTO CONDE
    DE DE SÃO PAULO

    25/08/2014 02h00

    O judô brasileiro entra no tatame a partir desta segunda (25) no Mundial de Cheliabinski, na Rússia, como maior potência desta temporada.

    Mas com um desafio: tentar repetir em um torneio deste nível, cuja relevância só é inferior à dos Jogos Olímpicos, a constância que exibe no circuito internacional.

    De janeiro a agosto deste ano, os judocas do país somaram 112 medalhas em torneios internacionais, das quais 37 de ouro.

    Além disso, sete brasileiros aparecem entre os três melhores em suas categorias.

    Qualquer prognóstico por meio de ranking pode gerar distorções, porque a pontuação depende da quantidade de eventos que cada atleta disputa. Nações como Cuba, por exemplo, racionam as viagens de seus judocas.

    É, porém, a aferição mais precisa da situação do país. "O ranking da federação internacional é um parâmetro de comparação do desempenho esportivo dos atletas e países", disse Ney Wilson, gestor técnico da CBJ (Confederação Brasileira de Judô).

    "Mas temos que trabalhar muito para chegar à frente do Japão na quantidade quanto na qualidade das medalhas."

    Os orientais são as principal referência mundial nos tatames 72 medalhas (36 delas de ouro) em Jogos Olímpicos –o Brasil soma 19.

    A constância internacional dos atletas do Brasil está diretamente vinculada ao aumento de investimento.

    O ano de 2009 foi um divisor de águas. Após a seleção "zerar" no Mundial de Roterdã, a CBJ traçou um plano com foco na Rio-2016.

    Passou a investir R$ 12 milhões anuais na preparação das seleções adultas. Até os Jogos Olímpicos do Rio, a expectativa é destinar R$ 50 milhões para a preparação.

    O bom desempenho do Brasil no circuito nem sempre se repete em Mundiais.

    Nas últimas quatro edições do torneio, o Brasil somou 11 medalhas em Mundiais, mas somente uma de ouro.

    No mesmo período, o Japão foi ao pódio 29 vezes, com 11 ouros, e a França 15 vezes, com oito ouros. "A diferença é que o nosso investimento começou neste nível nos últimos dez anos, enquanto nossos rivais já investem neste nível há mais de três décadas", justificou Wilson.

    Ainda assim, países sem tanta tradição no esporte, como Colômbia e Mongólia ganharam mais ouros do que o Brasil nos últimos cinco anos.

    O Mundial de Cheliabinski, que termina no domingo, é encarado como uma chance de mudar esse panorama.

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