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Após o goleiro Aranha sofrer ofensas racistas, o técnico do Santos, Oswaldo de Oliveira, afirmou que é preciso 'parar de falar' e dar punições para combater esse tipo de manifestação em campo.

Aranha sofreu ofensas racistas durante a reta final do segundo tempo na vitória do Santos sobre o Grêmio por 2 a 0.. Imagens cedidas pela ESPN Brasil, que transmitia a partida, mostram ao menos uma torcedora gritando o que parecia ser 'macaco'.

"A gente podia parar de falar sobre isso. Quanto a gente badala o assunto e as punições não acontecem, o efeito é que só aumenta. É a mesma coisa que acontece com a violência. A impunidade tomou conta e vimos esses casos aumentarem. Eu insisto em dizer que a gente tem de parar de falar, tem que exigir punições. A classe política e os torcedores de futebol não costumam ser punidos", disse o treinador santista.

Logo após o término da partida, Aranha deixou o campo nervoso e relatou o que ouviu.

"A torcida pegar no pé é normal, mas aí começaram com palavras racistas, como preto fedido e cambada de preto. Aguentei até que começaram com o canto de macaco. Fico nervoso, desculpa a palavra, fico mais puto com essas coisas acontecendo aqui", afirmou o goleiro, em entrevista à ESPN Brasil.

"Quando me chamaram de preto, eu disse que sou preto sim, sou negão sim. Sempre tem alguns racistas aqui no meio. Está dado o recado para ficar esperto para a próxima partida", completou.

Em março, o volante Arouca, do Santos, também foi alvo de ofensas racistas em um jogo contra o Mogi Mirim, pelo Campeonato Paulista.

Em julgamento, no Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo, o Mogi Mirim foi punido a pagar R$ 50 mil de multa por causa do episódio de racismo.

	Pedro H. Tesch/Brazil Photo Press/Folhapress
	Aranha aponta para torcedores após sofrer ofensas racistas