As ofensas ouvidas pelo goleiro Aranha, do Santos, nesta quinta-feira (28), em partida contra o Grêmio pelas oitavas de final da Copa do Brasil, foram as mais recentes de uma série de manifestações racistas que têm repercutido na imprensa brasileira e internacional neste ano.

Em fevereiro, o volante Tinga foi alvo de racismo pelo Cruzeiro contra o Real Garcilaso, no Peru, pela Libertadores. Quando o volante tocava na bola, a torcida adversária fazia sons de macaco. O clube peruano foi punido pela Conmebol com multa de US$ 12 mil (R$ 27,8 mil).

	João Godinho / O Tempo/Folhapress/Parceiro Folhapress
	Tinga desembarca em Belo Horizonte um dia após ser alvo de racismo no Peru

Em 5 de março, o árbitro Márcio Chagas da Silva foi xingado de macaco por torcedores do Esportivo contra o Veranópolis, em Bento Gonçalves (RS), pelo Gaúcho. Torcedores deixaram bananas no seu carro, que também foi danificado. O Esportivo perdeu nove pontos e seis mandos de campo; e foi multado em R$ 30 mil.

	Márcio Chagas/Arquivo Pessoal
	Após ser chamado de "macaco" em jogo, o árbitro Márcio Chagas da Silva encontrou bananas em seu carro

No dia seguinte, o volante Arouca, do Santos, foi xingado de macaco pela torcida do Mogi Mirim, no interior, pelo Paulista. O time teve o estádio fechado por um jogo mais multa de R$ 50 mil.

No mesmo mês, na final do Gaúcho, o zagueiro Paulão, do Inter, ouviu gritos de macaco. Ele encarou o torcedor gremista que o xingava e aplaudiu ironicamente sua ação. O torcedor fugiu após ser confrontado.

Em abril, na Espanha, Daniel Alves, do Barcelona, comeu uma banana atirada em campo por um torcedor do Villarreal, pelo Espanhol. O agressor foi identificado e proibido de entrar no estádio do time pelo resto da vida.

	Reprodução
	Daniel Alves come banana atirada em campo por torcedor do Villarreal