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    Em 'concorrência' com o vôlei, seleção de basquete quer reaver prestígio

    MARIANA BASTOS
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE GRANADA

    31/08/2014 02h00

    Nas próximas semanas, o torcedor brasileiro acompanhará simultaneamente o desempenho em quadra das seleções de dois dos esportes coletivos mais queridos pelo país após o futebol: vôlei e basquete. Neste sábado (30), começaram os Mundiais das duas, na Polônia e na Espanha, respectivamente.

    Quando se trata de basquete e de vôlei no Brasil, as comparações são inevitáveis.

    Nas últimas duas décadas, enquanto o primeiro –pelo menos no masculino– perdia força no cenário internacional, o segundo adquiriu status de maior potência.

    De 1990 a 2014, o basquete masculino, bicampeão mundial em 1959 e 1963, decaiu. Ficou fora de Jogos Olímpicos por 16 anos e não foi ao pódio em nenhum Mundial. Já o vôlei obteve dois ouros olímpicos (1992 e 2004) e três títulos mundiais (2002, 2006 e 2010).

    A reboque dos bons resultados, o vôlei começou a atrair mais patrocinadores e a criar uma estrutura sólida.

    Reflexo disso é o fato de que a seleção de vôlei passa por renovações constantes enquanto o basquete pena para encontrar novos nomes.

    No Mundial da Espanha, por exemplo, dos convocados, apenas um –Rafael Hettsheimeir– não foi aos Jogos de Londres. Além disso, a equipe possui a maior média de idade do torneio (31 anos).

    Já o time de Bernardinho chega ao Mundial repleto de novidades. Dos 22 convocados, somente seis estiveram na última Olimpíada.

    A falta de renovação no basquete preocupa o técnico Rubén Magnano, sobretudo em um ciclo olímpico que culminará no Rio, em 2016.

    "O que eu respondo a essa pergunta [sobre falta de renovação] é: quais substitutos colocaríamos para esses 12 jogadores?' Infelizmente, não temos uma plataforma de opções grande o suficiente para agregar gente mais jovem."

    Mas, para ele, um bom desempenho na Espanha pode impulsionar a recuperação da estrutura do basquete nacional. Apesar de a equipe só ter conseguido ir ao torneio graças a um convite, o Brasil é tido como favorito ao pódio.

    "Infelizmente, agora estamos aqui graças ao convite, e eu gostaria de ter conquistado a vaga na quadra. Nós temos obrigação de ampliar essa plataforma de jogadores, de treinadores, de tudo."

    O armador Marcelinho Huertas evitou comparações com o vôlei. "Não estamos preocupados com outros esportes. Temos de fazer o nosso melhor. Como brasileiros, temos que estar felizes se o vôlei ganha", afirmou.

    Neste sábado, a seleção de basquete venceu em sua estreia a França, atual campeã europeia, por 65 a 63 em jogo disputado em Granada.

    Miguel Ángel Molina/Efe
    O ala brasileiro Marquinhos salta para arremesso durante vitória sobre a França
    O ala brasileiro Marquinhos salta para arremesso durante vitória sobre a França
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