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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deve ouvir nesta terça-feira (2) dois torcedores suspeitos de fazer xingamentos racistas no jogo entre Grêmio e Santos, pela Copa do Brasil, na última quinta-feira (28), em Porto Alegre.

Os nomes deles não foram divulgados. Três pessoas já foram identificadas pelos policiais e são suspeitas de injúria racial durante a partida.

Uma delas é Patrícia Moreira, que foi flagrada por uma câmera de TV da ESPN Brasil gritando "macaco" para o goleiro santista Aranha na ocasião. De acordo com o delegado Herbert Ferreira, ela será intimada para depor na quinta-feira (4).

A polícia gaúcha está analisando duas horas de imagens enviadas pelo Grêmio para tentar identificar outros torcedores. Seguranças do estádio estão sendo ouvidos.

O delegado responsável também entrou em contato com a direção do Grêmio para obter informações sobre outros torcedores envolvidos no episódio. Na sexta-feira (29), o clube divulgou que já havia identificado cinco torcedores suspeitos de envolvimento no ato racista.

Na manhã desta segunda-feira (1º), Patrícia consultou um advogado de Porto Alegre para falar sobre sua defesa, mas ele informou que não irá atuar no caso. A torcedora, que perdeu o emprego após o episódio, não se manifestou desde então.

MEDIDAS

O Grêmio divulgou uma nota nesta segunda-feira (1) informando que decidiu ´suspender qualquer atividade relacionada à torcida Geral.

No jogo contra o Bahia, no domingo, também em Porto Alegre, houve relatos de que gremistas cantaram uma música que chama a torcida do Internacional de "macacos". Os gritos partiram de um setor da arquibancada onde a Geral costuma se posicionar.

O clube também decidiu proibir a organizada de usar a marca do Grêmio e afirma que vai identificar sócios envolvidos no episódio deste domingo.

	Pedro H. Tesch/Brazil Photo Press/Folhapress
	O goleiro Aranha aponta para torcedores após sofrer ofensa racista