Um dos vice-presidentes do Grêmio se manifestou de maneira veemente sobre os casos de injúria racial que o goleiro Aranha relata ter sofrido na Arena. Adalberto Preis escreveu em sua conta no Twitter que não houve ofensas ao jogador do Santos, que encenou o fato para ganhar tempo na partida da última quinta-feira (28), válido pela Copa do Brasil.
"Sabem por que o árbitro não ouviu nem presenciou? Porque não houve. Foi tudo uma grande encenação do goleiro para fazer cera", postou Preis, depois de compartilhar um link que afirmava que o árbitro Wilton Pereira Sampaio não havia visto os atos durante o jogo.
"Respeito opiniões baseadas em provas. Não em suposições e distorções", escreveu, alguns minutos depois.
"Escrevi sobre provas que examinei e especifiquei. Existindo outras que não conheço obviamente reconhecerei o que elas comprovam", completou.
Reprodução/Twitter/@adalbertopreis | ||
Reprodução de mensagens postadas por Adalberto Preis |
Preis é integrante do Conselho de Administração de Fábio Koff, elemento de gestão que reúne os vice-presidentes eleitos ao clube. É um dos que mais substituiu o mandatário em períodos de ausência neste ano.
O inquérito policial sobre o fato continua em andamento. Na manhã de hoje, dois torcedores foram ouvidos.
O depoimento de Patrícia Moreira, a jovem flagrada pelas câmeras gritando a palavra macaco, está marcado para quinta-feira (4). A polícia ainda tenta a identificação de outros possíveis agressores.
No âmbito esportivo, o Grêmio será julgado nesta quarta-feira (3) no STJD, a partir das 14h. O clube foi denunciado no artigo 243-G e pode perder até dez mandos de campo e levar multa, além de ser excluído da Copa do Brasil. O clube colaborou com as investigações policiais e identificou dois sócios, o que pode atenuar a pena no tribunal.
Pedro H. Tesch/Brazil Photo Press/Folhapress | ||
O goleiro Aranha aponta para torcedores após sofrer ofensa racista |