Na estreia no Mundial da Polônia, contra a Alemanha, a seleção brasileira apresentou uma novidade tática.
O técnico Bernardinho apostou em um revezamento de líberos para melhorar o volume de jogo da equipe.
No elenco inscrito para o torneio, ele tem Mário Jr. e Felipe designados para cumprir apenas a função –o líbero, que tem função exclusivamente defensiva, não pode atacar, sacar ou participar da rotação como os demais.
Bernardinho destacou o primeiro para recepcionar e o segundo para defender.
Ou seja, quando o Brasil executava o saque, Felipe permanecia em quadra para tentar uma defesa. Quando a equipe recebia o serviço do rival, Mário Jr, em tese um melhor passador, entrava.
Ambos só podem entrar alternadamente em quadra.
Em determinados momentos contra a Alemanha, também foi possível verificar que o time abriu mão de ambos para manter seus dois centrais, Lucão e Sidão, no saque e na rede ou vice-versa.
Aparentemente, a tática foi bem sucedida. A seleção nacional triunfou na segunda-feira por 3 sets a 0, com parciais de 25/21, 25/19 e 25/17. Nesta quarta, às 15h15, o rival é a Tunísia. O jogo é válido pelo Grupo B, em Katowice. Finlândia, Cuba e Coreia do Sul também estão na chave.
A tática de rodízio de líberos deve ser mantida ao longo de toda a competição. A intenção é criar um trunfo para enfrentar outros favoritos como Rússia, EUA e Polônia.
"O Felipe é um grande defensor, responsável pela defesa, e eu pelo passe. Assim, fica um pouco mais dividida essa responsabilidade enorme que temos e conseguimos alcançar o objetivo principal, que é ajudar a seleção brasileira a conquistar as vitórias neste Mundial", afirmou Mário Jr., que em tese é o titular.
Editoria de arte/Folhapress | ||
A regra que definiu a atribuição da posição de líbero foi criada em 1997, mas sofreu alterações há três anos que possibilitaram escalar 14 atletas em um jogo, dos quais dois líberos. A tática de alterná-los em quadra, porém, é pouco comum no âmbito mundial.
O próprio Bernardinho chegou a convocar dois líberos para uma mesma partida –Sérgio Escadinha e Mário Jr.– de Liga Mundial antes dos Jogos Olímpicos de Londres, mas não os alternou.
A seleção feminina também chegou a ter duas líbero relacionadas –Fabi e Camila Brait– em alguns jogos.
O time de Bernardinho busca o quarto título mundial consecutivo, o que seria inédito na história do torneio.
NA TV
Brasil x Tunísia
15h15 SporTV
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