Não foi nem preciso ter em quadra LeBron James, Kobe Bryant e Kevin Durant. Mesmo sem contar com seus maiores astros, os Estados Unidos conquistaram neste domingo (14), na Espanha, a Copa do Mundo de basquete. Assim, são os primeiros classificados para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

Contando com uma equipe vibrante, que deu show em quadra, os americanos massacraram a Sérvia por 129 a 92, chegando à mais alta contagem neste Mundial. Foi o segundo maior placar de uma final de Mundial, atrás apenas de 137 a 91, em um duelo dos próprios americanos contra a Rússia, em 1994.

Kyrie Irving, jogador do Cleveland Cavaliers, foi o cestinha da partida, com 26 pontos. O armador, eleito MVP do último Jogo das Estrelas da NBA, impressionou sobretudo nos lançamentos de três pontos, convertendo todas as seis bolas que arremessou.

Irving foi eleito o melhor jogador do campeonato. Outros dois atletas presentes no duelo deste domingo também foram escolhidos para compor a equipe do Mundial, Kenneth "Manimal" Faried, dos EUA, e Milos Teodosic, da Sérvia. Pau Gasol, da Espanha, e Nicolas Batum, da França, completaram o time de melhores.

Esse é o quinto título, o segundo consecutivo, da seleção americana em Mundiais. Os outros quatro foram conquistados em 1954, 1986, 1994 e 2010.

Com isso, os EUA se tornam ao lado da Iugoslávia, que após a dissolução deu origem à Sérvia, o país que mais ganhou medalhas de ouro em Mundiais.

Com a prata, os sérvios subiram pela primeira vez no pódio desde que se tornaram uma nação independente.

	Javier Soriano/AFP
	Kyrie Irving passa por marcadores sérvios na final da Copa do Mundo de basquete, em Madri

O JOGO

Se alguém esperava que a Sérvia poderia impor seu jogo diante da poderosa seleção americana, só viu isso ocorrer nos cinco primeiros minutos de jogo. Teodosic, Raduljica, Bjelica e companhia deram a impressão de que, enfim, alguma equipe poderia fazer frente aos EUA.

Após um lance livre convertido por Raduljica, os europeus chegaram a abrir oito pontos no placar (15 a 7). A partir de então, os americanos acordaram e mostraram porque são a pátria do basquete. Anularam as principais armas sérvias, fizeram 15 pontos seguidos, assumiram a liderança no marcador e, depois disso, não foram mais ameaçados. Ao fim do primeiro quarto, já ganhavam por ampla vantagem: 35 a 21.

No período seguinte, o massacre continuou. Demonstrando um jogo vibrante, com transições velozes e o ímpeto de não só vencer, como de dar show, os EUA davam passos largos em direção ao título. Com Irving muito inspirado, sobretudo nas bolas de três pontos, os americanos encerraram o primeiro tempo ganhando por 67 a 41.

Na volta do intervalo, os americanos deram continuidade a seu amplo domínio. Irving seguiu afiado em suas bolas de três pontos. Cousins era soberano nos rebotes. A defesa americana praticamente não deixava os sérvios jogarem. Nas transições rápidas, os EUA eram letais. Ao fim do terceiro período, a vitória americana já estava praticamente decretada: 105 a 67.

No último quarto, já com o resultado praticamente definido, as duas equipes trataram somente de dar espetáculo para a torcida presente no Palácio de Esportes de Madri. Com as defesas um pouco frouxas, as cestas se sucediam. Enterradas levavam a torcida à loucura. Nos cinco minutos finais, as duas equipes contavam em quadra com seus reservas. Pouco a pouco, as principais estrelas saíam de cena e eram celebradas com aplausos. Ao fim, os americanos fecharam a contagem em 129 a 92.