A frustrante derrota para o Figueirense por 1 a 0 na inauguração oficial da sonhada casa própria do centenário Corinthians, dia 18 de maio, pelo Brasileiro, hoje soa quase como um prenúncio.
Quatro meses depois, o time leva multidões à arena –média de 31 mil torcedores, a segunda melhor do campeonato (a primeira é a do Morumbi, 32 mil)–, mas não tem feito do Itaquerão o "caldeirão" da equipe no torneio.
Neste campeonato, foram nove jogos no novo estádio e apenas quatro vitórias –houve mais quatro empates e a derrota solitária na estreia.
O aproveitamento de 59,2% dos pontos nem de longe lembra os 71% que o time amealhou no velho Pacaembu, onde mandou os jogos na conquista do último Brasileiro, em 2011: foram 12 vitórias e quatro empates em 18 jogos.
"Não acho que o problema seja o estádio. Tem mais a ver com o desempenho do time. No ano passado, jogamos no Pacaembu e também perdemos pontos", diz o goleiro Cássio.
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Mais: é o pior aproveitamento neste campeonato entre os dez primeiros times na tabela de classificação, atrás até de equipes com pretensões menores, como o Sport, que na Ilha do Retiro, ganhou cinco dos oito jogos que fez e ficou com 70,8% dos pontos.
E bem inferior ao do principal candidato ao título, o Cruzeiro, que venceu todos os jogos no Mineirão neste Brasileiro e anotou em média 2,8 gols por jogo, mais que o dobro do Corinthians (1,3).
A média de gols poderia ser ainda pior não fosse os 5 a 2 registrados contra o Goiás, no dia 21 de agosto, um ponto fora da curva na trajetória de poucos gols da equipe comandada por Mano Menezes.
Embora tenha obtido boas vitórias contra o arquirrival Palmeiras (2 a 0) e concorrentes a uma vaga no G-4 (Inter-RS, por 2 a 1, e Atlético-MG, por 1 a 0), o time colecionou insucessos diante de rivais mal colocados na tabela.
"São pontos perdidos que estão fazendo falta. Por isso não estamos liderando", constata Mano Menezes.
Além da derrota para o Figueirense, um dos candidatos ao rebaixamento, o time ainda empatou em casa com Bahia (16º colocado), Botafogo (17º) e Chapecoense (14º), curiosamente todos em 1 a 1.
Este último, aliás, na quinta-feira, dia 18, fez o técnico Mano Menezes jogar a toalha e dizer que o time não disputa mais o título do torneio.
O resultado bota pressão sobre o treinador para o clássico deste domingo contra o São Paulo –uma derrota em casa pode tirar o time do G-4, agora o único objetivo confesso do clube, que seja voltar à Libertadores em 2015.