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    Análise: Novas forças sempre surgem, e não é fácil se manter no topo

    CIDA SANTOS
    DE ESPECIAL PARA A FOLHA

    22/09/2014 02h00

    Não deu pra vencer a Polônia. Fica a frustração, principalmente para um time acostumado a tantas conquistas, mas o vice-campeonato no Mundial de vôlei não é pouca coisa. O Brasil foi campeão das três edições anteriores e, pelo quarto ano seguido, chegou à final. Nenhuma outra seleção conseguiu um desempenho igual nesse torneio.

    O resultado cresce em importância já que a seleção não tem um time de craques como em edições anteriores, quando contava com Maurício, Giovane, Dante, Giba, Nalbert, Gustavo, André Nascimento, Ricardinho e Serginho. Ok, o Brasil tem o ponteiro Murilo e o central Lucão, mas vale lembrar que Murilo, se recuperando de lesão, jogou mais pra garantir o passe do que pra atacar.

    Não é fácil se manter no topo. A Itália, tricampeã mundial nos anos 90, terminou em 13º lugar. Novas forças, como a França e a revigorada Polônia, sempre surgem.

    Com um time menos brilhante e mais operário, Bernardinho soube se adaptar aos novos tempos. Sem um jogador da qualidade do Escadinha, o técnico usa dois líberos. Mário Júnior entra pra ajudar na recepção. Quando o Brasil saca, dá o lugar para o Felipe, que cuida da defesa. Mesmo assim, o time tem problema na recepção.

    Nenhum dos dois opostos, Wallace e Vissotto, tem a regularidade e o poder de decisão que se espera de um atacante que tem como principal função colocar a bola no chão. Muitas vezes, a seleção compensa essa falha com a eficiência do Lucão. Sim, no Brasil, grande parte das bolas de segurança sai do meio de rede.

    A renovação do vôlei brasileiro tem como representante o ponteiro Lucarelli, 22 anos. Ele e Murilo entraram pra seleção do Mundial. É veloz, bate forte, voa do fundo da quadra e, na maioria dos jogos, é o principal pontuador do time.

    O maior símbolo da seleção é o levantador Bruno. Com a pressão de ser filho do técnico e ter que substituir o fora de série Ricardinho, trabalhou duro nos últimos anos. Evoluiu o seu jogo, virou líder e capitão de um time, que se recusa a aceitar limites e se supera.

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