O Corinthians pode não jogar mais em casa no Brasileiro. Cruzeiro e Atlético-MG também correm o risco de perder mandos de campo.

O procurador geral do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Paulo Schmitt, solicitou as imagens do clássico entre Corinthians e São Paulo, realizado neste domingo (21), no Itaquerão.

"Vamos analisar todos os fatos que aconteceram e tomar providências. Se for necessário, faremos as denúncias cabíveis", disse Schmitt.

O mesmo vale para o confronto entre Cruzeiro e Atlético-MG, no Mineirão.

No Itaquerão, a Pavilhão Nove e a Camisa 12 (duas torcidas organizadas do Corinthians), brigaram na arquibancada do setor norte. A Polícia Militar teve de intervir.

O fato foi relatado na súmula pelo árbitro Luiz Flávio de Oliveira.

Ele também citou que um isqueiro foi atirado no gramado e veio de um setor do estádio onde estavam apenas corintianos.

De acordo com Schmitt, o clube pode ser enquadrado no artigo 213 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva): "deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir".

A pena, neste caso, é perda de um a dez mandos. O time punido teria de realizar as partidas em cidades a 100 km do seu estádio.

No Mineirão, o árbitro Marcelo de Lima Henrique citou na súmula que artefatos explosivos foram jogados por torcedores de Atlético e Cruzeiro. As duas equipes também podem perder mandos.

Até o final do Brasileiro, o Corinthians tem seis jogos marcados para o Itaquerão.

O clube paulista também pode ser punido por gritos homofóbicos. Apesar dos pedidos da diretoria, o público chamava Denis, goleiro do São Paulo, de "bicha" nos tiros de meta.

"Vamos esperar o protocolo e as possíveis denúncias", completou Schmitt.

O Corinthians vai se pronunciar sobre o assunto se acontecer a denúncia e quando receber a citação oficial.