Presidente do Palmeiras, Paulo Nobre não discursou no primeiro evento teste do novo estádio do clube –o reformado Palestra Itália. Mas, nem assim, o cartola conseguiu evitar as críticas da torcida.

Neste sábado (27), cerca de três mil convidados compareceram ao estádio para a exibição do filme "12 de Junho de 1993 - O Dia da Paixão Palmeirense", sobre o jejum de 16 anos sem títulos do clube, do jornalista Mauro Betting.

Um dos entrevistados do documentário, Paulo Nobre apareceu diversas vezes no telão, instalado atrás de um dos gols. Quando isso acontecia, ouvia-se uma sonora vaia vinda das arquibancadas. José Carlos Brunoro, atual diretor executivo do clube, também foi vaiado ao dar seu depoimento na produção.

Embora boa parte da arena esteja pronta, ainda há muita coisa em obras. A previsão para a inauguração oficial é no dia 9 de novembro, quando o Palmeiras enfrenta o Atlético-MG, pela 33ª rodada do Brasileiro.

Esta noite, quando os refletores se acenderam e o gramado tornou-se visível, os torcedores começaram a aplaudir e a cantar o hino do Palmeiras. O clima só não era de festa total em função da fase ruim vivida pela equipe no Campeonato Brasileiro –com 25 pontos, ocupa a 17ª colocação da tabela.

"É a realização de um sonho e também a esperança de ter um time à altura desse estádio", declarou o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, palmeirense assumido e que também participa do documentário.

Antes do início do filme, Mauro Betting, Walter Torre (dono da construtora WTorre, responsável pela obra) e o ídolo alviverde Evair fizeram um breve discurso.

"Lamento por não poder jogar profissionalmente neste estádio", disse o ex-atacante.

Bastou essa frase para que os torcedores começassem a gritar "volta, volta, volta".