Na Rússia para acompanhar a realização do primeiro GP de F-1 no país neste domingo (12), Jean Todt, presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), afirmou nesta sexta-feira (10) que está satisfeito com a maneira como todos os envolvidos se portaram no acidente de Jules Bianchi, no domingo (5) passado, em Suzuka.

"Odiaria ser juiz e criticar as pessoas que estavam no local fazendo seu trabalho. Confio nas pessoas que estão ao meu redor. E, ao mesmo tempo que sabemos que automobilismo é um esporte perigoso, precisamos aprender com a tragédia que aconteceu e ter certeza de que nada parecido se repita", afirmou o dirigente francês em Sochi.

Todt, que recebeu na manhã desta sexta-feira um relatório de Charlie Whiting sobre o acidente com o piloto francês, terá uma reunião na próxima quarta (15), em Genebra, com Peter Wright, presidente da Comissão de Segurança da entidade, para tratar do tema.

"Ao mesmo tempo que sou presidente da FIA e tenho responsabilidade de fazer o possível para que algo assim não aconteça de novo, por outro sou um ser humano e tenho sentimentos. Conhecia o tio e avô de Jules e conheço ele desde os 15 anos. Meu filho é empresário dele e somos próximos", afirmou o presidente da entidade.

	Dimitar Dilkoff/AFP
	Inspetor da FIA, Charlie Whiting, e o presidente da FIA, Jean Todt, concedem entrevista em Sochi

"Já pedi à Comissão de Segurança para que crie um grupo de especialistas para criar propostas e assegurar que não tenhamos mais acidentes como o do último domingo".

Bianchi continua internado no Hospital Geral de Mie com uma lesão severa no cérebro depois da batida na 44ª volta do GP do Japão.

De acordo com a Marussia, que só terá um carro neste final de semana, o de Max Chilton, em homenagem a Bianchi, diz que seu estado é crítico, porém estável. Os pais e irmãos de Bianchi o acompanham no Japão.