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    LeBron é vaiado e Varejão, ovacionado na vitória do Cleveland no Rio

    LUCAS VETTORAZZO
    DO RIO

    11/10/2014 22h12

    A torcida foi ao delírio assim que o apresentador anunciou a entrada do ala LeBron James na quadra da HSBC Arena, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde se enfrentaram, na noite deste sábado, em partida da pré temporada da NBA, o Cleveland Cavaliers e o atual campeão Miami Heat.

    Mas foi só. O que se viu no restante do jogo foi uma torcida dividida entre apoiar e vaiar o astro, considerado o maior jogador da liga americana na última temporada. O jogo marcou a estreia de LeBron, que defende nesta temporada o Cleveland Cavaliers, contra seu ex-time, o Miami Heat.

    Assim que a partida começou a torcida brasileira apoiava o Heat, apesar de ter feito festa quando o pivo brasileiro Anderson Varejão, do Cleveland, fez os agradecimentos ao público pouco antes do apito inicial.

    A torcida no Rio aplaudiu bastante Varejão, diferentemente do que fez, em outubro do ano passado com o também brasileiro Nenê, vaiado no jogo entre Washington Wizards e Chicago Bulls, por ter pedido dispensa da seleção brasileira.

    "É uma coisa que eu vou levar para a vida inteira", disse, do centro da quadra, Varejão, que deixou o país aos 12 anos para jogar basquete no exterior.

    O apoio a Varejão deu certo: o Cleveland Cavaliers venceu o jogo por 122 a 119, depois de quatro quartos mornos e uma prorogação emocionante. Segundo a organização, 15.411 pessoas compareceram à arena.

    Antes de a bola quicar, a impressão que dava era que o Cleveland seria o favorito dos brasileiros. Quando LeBron recebeu um passe, contudo, as vaias, ainda que tímidas, começaram. Varejão tratou de abrir o placar com uma cesta na entrada do garrafão para o Cavaliers, que cessou momentaneamente os gritos contra seu companheiro de equipe.

    O atleta brasileiro foi o cestinha do primeiro quarto de jogo e marcou oito pontos. Já o astro americano ficou somente nos dois, mas marcou com uma enterrada que colocou a torcida novamente a seu favor no final do tempo. No segundo quarto, LeBron parecia disperso e errou cinco lances livres, sempre mais vaiado do que aplaudido. Converteu o último e foi aplaudido.

    PLACAR

    Durante os três primeiros quartos, o jogo foi morno para os padrões da NBA, com jogadores evitando contato físico e poucas enterradas– apenas seis durante toda a partida, duas das quais do jogador Dion Waiters, do Cleveland. O Cavaliers permaneceu o tempo todo à frente do placar e o time de Varejão chegou a abrir 19 pontos de vantagem no terceiro quarto de jogo.

    No último quarto, porém, o Miami reagiu e encostou no placar, tornando o final dramático e levando a torcida ao delírio. Faltavam 21,7 segundos para o jogo acabar e o placar estava 103 para o Miami e 104 para o Cleveland.

    A torcida do Heat gritava, tal qual os americanos, "defense, defense", enquanto o Cleveland tinha a posse de bola. O time de Varejão chegou a marcar mais um em um lance livre, mas o Heat empatou nos segundo finais, quando Shabazz Napier converteu dois lances livres.

    A partir daí e em toda a prorrogação, a torcida apoiou em massa o Heats. "Let's go, Heats", repetiaram os torcedores, quando o time de Miami ficou pela primeira vez na frente do placar. Faltando 17 segundos para o final da partida, não era possível saber quem ganharia– o placar estava 119 a 120 para o Cleveland. LeBron era um mero coadjuvante nesse momento.

    O Cavaliers conseguiu aguentar a pressão e ainda marcou uma cesta de dois pontos, deixando o Rio vitorioso.

    Sergio Moraes/Reuters
    Lebron tenta cesta em partida no Rio
    Lebron tenta cesta em partida no Rio

    HOMENAGENS

    Até o último quarto e a prorrogação, que foram intensos, a "sede" de momentos emocionantes era suprida nos intervalos, quando ocorriam shows de enterradas, apresentações de cheerleaders com pouca roupa, arremesso de camisetas e atividades promocionais com o público.

    A torcida aplaudiu de pé homenagem a quatro lendas da NBA e tembém uma póstuma ao narrador Luciano do Valle, o primeiro a narrar basquete americano no Brasil e que morreu no início desse ano.

    Houve muito trânsito nos acessos ao local, na Barra da Tijuca, fazendo com que o local só ficasse totalmente cheio depois que o jogo já havia começado.

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