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    Polêmico, Diego Tardelli desencanta e se firma na seleção brasileira

    MARCELO NINIO
    DE PEQUIM

    12/10/2014 02h00

    Diego Tardelli, 29, não foi convocado para a Copa do Mundo. Seu colega de ataque no Atlético-MG, Jô, foi chamado para a reserva de Fred. Não fez nenhum gol.

    Assim que Dunga reassumiu o comando da seleção brasileira, deu a Tardelli a camisa 9. No terceiro jogo, ele respondeu com os gols que derrotaram a Argentina por 2 a 0, no sábado (11), em Pequim.

    A conquista do tricampeonato do Superclássico das Américas foi a vitória de maior destaque do Brasil desde o vexame contra a Alemanha na semifinal do Mundial.

    Foi o centésimo confronto entre Brasil e Argentina na história e no aniversário de 100 anos do primeiro jogo entre os dois países. O título não tem muita importância, mas o resultado positivo sobre a Argentina, que chegou à final da última Copa, possui peso grande para Dunga.

    Próximo dos 30 anos, Tardelli passou tempo demais em países de segundo escalão do futebol mundial, como Rússia e Qatar.

    Também teve problemas de indisciplina, apesar de sempre ter o talento reconhecido pelos treinadores.

    Nas categorias de base, foi dispensado do Santos por ter roubado um achocolatado com leite no alojamento.

    Recentemente, seu técnico no Atlético-MG, Levir Culpi, revelou que teve com ele uma conversa definitiva sobre comportamento. Atualmente, tem nove gols no Brasileiro.

    A vitória sobre a Argentina marcou seus primeiros dois gols pela seleção principal, o que pode consolidar sua condição de titular. Ele abriu o placar aos 27 min, após uma rebatida ruim da defesa rival.

    A Argentina poderia ter empatado antes do intervalo, mas Messi desperdiçou pênalti, defendido por Jefferson.

    O Brasil começou melhor o segundo tempo e aproveitou para fazer o segundo, aos 18 min, quando Diego Tardelli acertou uma cabeçada que compensou dois gols perdidos por Neymar.

    Para delírio dos fãs chineses, Dunga colocou Kaká em campo faltando nove minutos para o jogo acabar, mas ele teve pouco tempo para produzir algo digno de registro.

    "Eu ainda tenho objetivo de jogar uma Copa do Mundo pelo Brasil. É uma sensação única fazer um gol com a camisa da seleção. Acho que a ficha não caiu ainda. Estou meio aéreo com tudo isso", comemorou Tardelli.

    Dunga disse que viu evolução do time depois dos primeiros dois amistosos desde a volta à seleção, nas vitórias contra Colômbia e Equador, no mês passado.

    "Equipe compacta, com saída de bola rápida, que não entrou na provocação do adversário", disse o treinador brasileiro. "Não tomamos gols, o que é importante, e poderíamos ter feito outros."

    O treinador argentino atribuiu a queda de rendimento de sua seleção ao desgaste provocado pelo fuso horário e ao desempenho do Brasil.

    "Nossos 30 minutos iniciais foram muito bem jogados, a circulação e a pressão eram boas. Mas o Brasil equilibrou e demos espaços."

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