Andrey, 21, soube por Jefferson, 31, que tinha sido convocado pela primeira vez para a seleção brasileira. O novato pensou que fosse uma piada do seu ídolo.

Nesta segunda (13), Andrey terá a chance de ser titular da seleção olímpica, que neste momento conta com jogadores até 21 anos, no amistoso contra o time sub-23 dos EUA. O jogo será no Mané Garrincha, em Brasília, às 19h.

É a única mudança que o técnico Gallo fará na equipe que começou jogando na sexta (10), em Cuiabá, na vitória de 3 a 1 sobre a Bolívia.

Isso cria uma situação curiosa: o Botafogo, que luta contra o rebaixamento no Brasileiro, terá dois goleiros como titulares das seleções principal e olímpica em jogos quase simultâneos.

Na manhã de terça (14), Jefferson começará mais uma partida pela equipe de Dunga contra o Japão, em Cingapura, às 7h45 (de Brasília).

"Eu aprendi com o Jefferson a ser humilde. Quando ele foi convocado no ano passado, disse que ele estava com moral, já se sentava no sofá e ficava com o controle remoto. Ele virou e me disse: lá tem que ser humilde, não é fácil chegar'", disse Andrey.

Gallo quer observar Andrey depois de testar Jacsson, do Inter, contra os bolivianos. Mesmo podendo levar três jogadores acima de 23 anos para a Rio-2016, a posição de goleiro será formada por jogadores com idade olímpica.

Andrey não assistiu à partida do Brasil principal contra a Argentina na manhã de sábado (11) porque descansava depois da viagem de Cuiabá a Brasília. Jefferson foi destaque ao defender um pênalti cobrado por Messi.

"Se tem algo para se aprender com ele [Jefferson] é pegar pênalti. Brincamos no treino, e não acerto um, ele pega. Vamos ver se dá para repetir se tiver um pênalti em Brasília", disse Andrey.

	Reprodução/site oficial do Botafogo
	Goleiro Andrey, do Botafogo, em treinamento no clube

VELHO CONHECIDO

O time dos EUA se prepara para o Pré-Olímpico das Américas do Norte e Central e é treinado por Tab Ramos, 47.

O ex-atleta, que jogou as oitavas de final da Copa-1994 contra o Brasil, ficou conhecido por ter levado uma violenta cotovelada do ex-lateral, hoje dirigente, Leonardo.

Ramos ficou hospitalizado por três semanas. Suspenso, o brasileiro não jogou mais o Mundial, ganho pelo Brasil.