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    Assistente social sugere três anos de prisão domiciliar a Pistorius

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    13/10/2014 11h19

    O atleta paraolímpico Oscar Pistorius voltou ao Tribunal de Pretória, na África do Sul, nesta segunda-feira (13). Porém, a pena que ele terá que cumprir pela morte da namorada, Reeva Steenkamp, não foi anunciada, como estava previsto. A sentença deve ser divulgada até o fim de semana.

    A juíza Thokozile Masipa utilizou o dia para ouvir mais testemunhas de defesa para o caso, que ela já julgou como homicídio culposo no dia 12 de setembro. Pistorius está em liberdade sob fiança até a data da sentença.

    E neste primeiro dia do processo de julgamento final do corredor, um assistente social sugeriu que o atleta deve cumprir três anos de prisão domiciliar parcial e prestar serviço comunitário pela morte de Reeva.

    Argumentando contra uma sentença de prisão, o funcionário de serviços sociais corretivos Joel Maringa afirmou que o corredor é uma pessoa "cooperativa" que deveria ser sentenciada a "correção supervisionada", o que significa que o atleta teria que passar uma parte de seu dia em casa.

    Maringa, que testemunha pela defesa do corredor, disse também que Pistorius deveria realizar serviço comunitário, como varrer as ruas dos museus de Pretória. O promotor Gerrie Nel, que busca uma longa sentença de prisão, descreveu as recomendações do funcionário como "extremamente impróprias".

    Thokozile suspendeu a audiência depois que Nel pediu mais tempo para analisar os documentos antes de chamar ao menos duas últimas testemunhas do Estado, na terça-feira (14).

    Em 12 de setembro, Pistorius foi condenado por homicídio culposo pela morte de Reeva. Um dia depois de absolvê-lo da acusação de crime premeditado, Thokozile afirmou que Pistorius havia agido com negligência ao disparar quatro tiros contra a porta fechada do banheiro de sua casa, na noite de São Valentim de 2013, em 14 de fevereiro.

    Com este veredito, o Tribunal aceitou em parte a versão de Pistorius, que afirmava ter atirado em pânico por achar que se tratava de um ladrão que tinha entrado em sua residência, mas recusou a parte em que disse ter disparado sem querer.

    O julgamento do atleta começou em 3 de março e terminou em 8 de agosto, após promotoria e defesa apresentarem suas conclusões finais.

    A Promotoria afirma que Pistorius premeditou o crime e luta para que ele pegue a pena máxima pelo assassinato. A lei sul-africana permite desde o pagamento de multa até 15 anos de prisão nesse tipo de crime.

    Pistorius, de 27 anos, protagonizou nos Jogos de Londres de 2012 uma das maiores proezas da história do esporte, ao conseguir se transformar no primeiro atleta com as pernas amputadas a competir em Olimpíadas regulares.

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