Indignada com algumas especulações noticiadas pela imprensa, a Marussia disse nesta quarta-feira (15), em um comunicado em seu site, que não deu ordens para o piloto francês Jules Bianchi acelerar em bandeira amarela momentos antes do grave acidente que aconteceu no GP do Japão.

Por conta da chuva, o carro de Bianchi aquaplanou na 44ª volta da corrida e ele perdeu o controle, chocando-se na traseira de um guindaste que estava na caixa de brita para retirar o carro de Adrian Sutil, que havia escapado da pista, no mesmo local, duas voltas antes.

"A Marussia está chocada e irritada com essas alegações. Numa altura em que o seu piloto está gravemente doente no hospital, a equipe deixa claro que sua maior prioridade é a consideração com Jules e a sua família", disse a Marussia.

	Alexander Klein-22.mai.2014/AFP
	O piloto francês Jules Bianchi, da Marussia

"É angustiante ter de responder aos rumores profundamente perturbadores e imprecisos em relação ao acidente. No entanto, dado que essas alegações são inteiramente falsas, a equipe não tem outra alternativa senão encará-los", afirma.

Na nota, a Marussia cita os dados de telemetria fornecidos para a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) que comprovam que o piloto desacelerou em bandeira amarela.

A equipe diz ainda que disponibilizou para a FIA uma cópia do áudio da comunicação via rádio entre o piloto e os engenheiros.

"É muito claro a partir da transmissão e da transcrição que em nenhum momento durante o momento que antecedeu o acidente de Jules a equipe ordenou Jules a dirigir mais rápido ou fez qualquer comentário sugerindo o que ele deveria fazer".

Na terça-feira (14), a Marussia afirmou que o estado de saúde de Bianchi continua crítico, mas estável, e falou ainda em "situação desafiadora".