Se ainda havia alguma dúvida que Fernando Alonso deixaria a Ferrari no final do ano, dois anos antes do término de seu contrato com a escuderia de Maranello, ela terminou nesta quarta-feira (15)

Presidente da Ferrari até a última segunda-feira, Luca di Montezemolo confirmou que o piloto espanhol está de partida.

"Fernando está indo embora por dois motivos. Primeiro porque ele quer se colocar em um novo ambiente. E segundo porque, na idade dele, ele não pode esperar mais para vencer", afirmou Montezemolo em entrevista à rede de TV italiana RAI.

"Ele está desapontado por não ter vencido o título nestes anos e precisa de um novo estímulo", completou o ex-presidente ferrarista.

	Reuters
	Felipe Massa (esq.), o ex-presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, Fernando Alonso e o ex-diretor Stefano Domenicali

Aos 33 anos, Alonso está na Ferrari desde 2010. Desde então, foi três vezes vice-campeão mundial pela mais tradicional equipe da F-1.

Com a confirmação de sua saída, o anúncio de Sebastian Vettel como seu substituto deve ser feito em breve.

O tetracampeão mundial anunciou no final de semana do GP do Japão que deixaria a Red Bull ao fim da temporada, mas não revelou para qual equipe iria correr.

Já Alonso tem como mais provável destino a McLaren. O time, que contará com motores Honda a partir do ano que vem, busca uma dupla forte para promover o retorno da montadora japonesa à categoria.

"Vencemos 14 mundiais em 15 anos desde 1999. Vencemos o Mundial de 2000 no Japão, com Michael Schumacher, depois de 23 anos. Somos a equipe que venceu o maior número de títulos nos últimos anos. Perdemos o título na última corrida do ano em 2008, 2010 e 2012. A temporada que foi realmente decepcionante foi a do ano passado. Mas isso é parte do esporte", completou Montezemolo, que foi substituído por Sergio Marchionne.

	Dimitar Dilkoff-5.jul.2014/AFP
	O piloto espanhol Fernando Alonso, da Ferrari, durante os treinos livres do GP de Silverstone