Devido ao surto do vírus ebola no continente africano, o qual já matou mais de 4.000 pessoas, o Marrocos informou nesta quinta-feira (16) que propôs a desistência de sediar a Copa Africana de Nações, que seria realizada entre 17 de janeiro e 8 de fevereiro do ano que vem.

A proposta, enviada à Confederação Africana de Futebol (CAF), faz a solicitação para que o país sedie a competição entre seleções somente em 2016 ou que faça a organização do torneio do ano seguinte.

A principal razão para a desistência de Marrocos é o fluxo de pessoas de todas as partes do continente que iriam para o país, inclusive de áreas mais afetadas pelo vírus.

O Marrocos atribuiu também a sua decisão às recomendações de seu Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS). O ministro da Juventude e Esportes, Mohamed Uzin, afirmou em um programa de televisão que não foi fácil fazer o pedido à CAF e culpou a rápida propagação do ebola pelos países africanos pela solicitação enviada.

Fontes do Ministério da Saúde disseram que se a entidade que rege o futebol na África não aceitar o pedido de adiamento, o governo marroquino negará sediar a Copa Africana no período pré-estabelecido.

O atual campeão do torneio é a Nigéria, que venceu o torneio em 2013 e disputou a Copa das Confederações no mesmo ano, no Brasil.

A confederação ainda não se pronunciou sobre o assunto. Segundo a imprensa africana, Gana e África do Sul seriam os principais candidatos a herdar o torneio regional.

	Francisco Leong/AFP
	Jogadores da Nigéria comemoram a conquista do 3º título da Copa Africana de Nações