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    Mano coloca cargo à disposição, mas diz que não pedirá para sair

    ALEX SABINO
    DE SÃO PAULO

    17/10/2014 12h40

    Impaciente e contestando perguntas, Mano Menezes deixou claro que não vai pedir demissão e fica ate o final do ano, quando termina seu contrato, se a diretoria do Corinthians permitir.

    Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (17) no centro de treinamento do Corinthians, o técnico revelou que logo após a jogo conversou com presidente do clube, Mario Gobbi, e colocou seu cargo à disposição.

    Ele está pressionado pela derrota para o Atlético-MG e eliminação da equipe na Copa do Brasil. Apesar de viajar a Belo Horizonte e fazer um gol fora de casa, o Corinthians caiu na competição ao perder por 4 a 1.

    "Comuniquei ao presidente que não vou abandoná-lo. Mas também disse a ele que, embora sejamos amigos, ele poderia ficar à vontade se achasse que deveria tomar uma decisão", disse o treinador.

    Mario Gobbi já disse publicamente que não vai demiti-lo. Apesar disso, existe a pressão de conselheiros e integrantes da diretoria para a troca de comando do futebol. Também há jogadores insatisfeitos com o técnico, como a Folha apurou.

    Nesta sexta-feira, cerca de 30 torcedoresfizeram protesto ele e a diretoria na entrada do CT do Parque Ecológico na manhã desta sexta (17).

    Em 6º no Campeonato Brasileiro, o time enfrenta o Internacional neste domingo (19), em Porto Alegre.

    Interrompendo os repórteres para dizer que as questões eram repetitivas e que as responderia como achasse melhor, se irritou especialmente quando foi lembrado da comemoração dos jogadores do Atlético-MG após a classificação. Eles dançaram com os braços abertos, exatamente como Mano havia feito quando o Corinthians fez o segundo gol diante dos mineiros no Itaquerão.

    "Acho [a insistência no assunto] isso ridículo. Que se dê importância a isso, é ridículo. Vocês vão querer escolher como se comemora um gol? Não podemos mais comemorar? Em momento de alegria, cada um comemora como quiser. A comemoração do Atlético foi mais significativa porque conquistaram a vaga", contestou.

    Teve até a tradicional cutucada em Luiz Felipe Scolari, seu sucessor no comando da seleção brasileira.

    "A derrota não forma família. Você só ouve da história da família na hora da vitória. Não teve família neste ano, não é?", ironizou, citando o apelido de "família Scolari" das equipes dirigidas pelo seu colega gaúcho e a goleada por 7 a 1 sofrida diante da Alemanha, na semifinal da Copa.

    Mesmo antes da entrevista, Mano já estava sem paciência. Ele cruzou o caminho do repórter Marco Bello, da rádio Transamérica. Ao tentar entrevistar torcedores que estavam no protesto, o jornalista escorregou e caiu no córrego vizinho ao CT.

    "O que aconteceu com você?", perguntou o técnico

    "Caí no esgoto", disse o repórter

    "Bem-feito. Foi dar espaço para eles, teve o que mereceu", retrucou Mano.

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