A Polícia Civil identificou André Maceno Apocalipse, 26, como condutor do veículo Audi A3 que atropelou e matou o palmeirense Leonardo da Mata Santos, 21, no domingo (19), após briga entre torcedores no quilômetro 17,5 da rodovia Anchieta.
Ele é membro da Torcida Jovem, uma organizada santista. O carro conduzido por Apocalipse está registrado em nome de sua mãe, sob a placa CTB 6647.
O delegado Luiz de Jesus Castro, do 2º Distrito Policial de São Bernardo do Campo, disse que chegou ao nome do condutor por meio de investigação e de informantes, mas não quis revelar detalhes do procedimento para não atrapalhar as investigações.
O delegado disse ainda que as câmeras de monitoramento da concessionária responsável pelo Complexo Anchieta-Imigrantes também estão sendo usadas no processo.
O suspeito, que mora com a família no bairro da Saúde, na capital, está foragido. Além dele, quatro torcedores estão presos, e dois aguardam alta do hospital para serem presos (veja arte acima).
Segundo o delegado, a prisão temporária de Apocalipse vai ser solicitada o mais rapidamente possível, caso ele não se apresente.
A polícia ainda tenta identificar o condutor de um Meriva de cor preta, suspeito de atirar em um torcedor palmeirense, que não foi localizado. Também estão sendo identificados outros veículos (carros e motos) que poderiam estar envolvidos na briga.
A polícia trabalha com a hipótese de que motocicletas tenham sido usadas para transportar os pedaços de pau e pedras utilizados no incidente pelos palmeirenses.
armadilha
Anteontem, cerca de cem torcedores do Palmeiras tentaram impedir o trânsito da Anchieta para fazer uma emboscada aos santistas, que seguiam até a capital para ver o clássico no Pacaembu.
O alvo inicial era o ônibus da Torcida Jovem. Mas o motorista não parou, e o veículo coletivo acabou sendo atingido por pedras e pedaços de pau. Alguns carros que acompanhavam o comboio, como o de Apocalipse, também não pararam.
De acordo com informações da concessionária Ecovias, responsável pela Anchieta, a Torcida Jovem não informou à polícia que viria para o jogo e, por isso, não teve escolta policial no trajeto de Santos até São Paulo.
Ainda segundo a Ecovias, os torcedores do Palmeiras estacionaram seus carros em bairros afastados do local do incidente e ficaram escondidos sob um viaduto no quilômetro 18.
Segundo a concessionária, existe um ponto cego para as câmeras de monitoramento exatamente no local
Os torcedores, presos em flagrante, vão responder por promoção de tumulto e associação criminosa.