• Esporte

    Sunday, 05-May-2024 05:31:04 -03

    Superliga de vôlei se concentra no eixo 'café com leite'

    MARCEL MERGUIZO
    DE SÃO PAULO

    24/10/2014 02h00

    Há dez anos a decisão da Superliga feminina é um Rio-SP. Na masculina, também desde 2004, um time de Minas chega ao menos à final.

    A concentração de títulos (13 paulistas, dez fluminenses e sete mineiros), em 20 anos da principal competição do vôlei nacional, reflete apenas parcialmente o mapa de distribuição dos times neste ano, com 72% deles no eixo SP-MG. A exceção é o Rio, que terá só uma equipe na temporada 2014/2015.

    Prevalecerá, portanto, a dobradinha "café com leite", um campeonato dominado por paulistas e mineiros.

    O torneio começa neste sábado (25) para os homens, com o duelo entre Minas e Juiz de Fora, em Belo Horizonte. São quatro mineiros entre os 12 times masculinos. O Cruzeiro, que joga em Contagem, é o atual campeão.

    Editoria de arte/Folhapress

    "Para o campeonato não sei se a concentração em Minas e São Paulo é boa. Para o vôlei, é ruim", afirma o levantador William Arjona, 35, bicampeão pelo Cruzeiro. "O Brasil é enorme, uma pena que esteja centralizado."

    Atualmente, há apenas um time do Nordeste, o Maranhão, e outro no Centro-Oeste, o Brasília, ambos na disputa feminina. O restante é do Sul e do Sudeste.

    As mulheres estreiam na competição na sexta (7), no confronto entre Rio de Janeiro e Rio do Sul. As cariocas são as atuais campeãs.

    Com 12 clubes (cinco no masculino e sete no feminino), São Paulo busca os títulos que perdeu nos últimos anos para Minas e Rio.

    À Folha, atletas e técnicos citaram Cruzeiro, Sesi, Campinas, Taubaté e Maringá entre os favoritos ao troféu entre os homens; e Rio, Sesi, Osasco, Praia Clube e Minas, na disputa feminina.

    UM SÓ RIO

    Fundado em 2011 e campeão em 2013, o RJX, time bancado pelo empresário Eike Batista, quebrou antes do fim da última temporada.

    Outro time fluminense na elite, o Volta Redonda, estava inscrito nesta edição mas acabou saindo também por problemas financeiros. Deu lugar ao Voleisul (SC).

    Assim, o Rio ficou sem time entre os homens e com apenas uma equipe feminina, a de Bernardinho.

    "Impressiona porque o Rio é sede da Olimpíada e da CBV. Falta interesse do empresário em alavancar projetos lá", comenta o técnico Spencer Lee, técnico do Rio do Sul.

    Moacyr Lopes Junior/Folhapress
    Jogadores posam para foto durante evento de lançamento da Superliga, em São Paulo
    Jogadores posam para foto durante evento de lançamento da Superliga, em São Paulo

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024