De um lado, 15 equipes sedentas por uma conquista. Do outro, um time já calejado de tantos títulos em 2014, mas com um legado a defender. Esta é a tônica da sétima edição do NBB, principal liga de basquete do país, que começa nesta sexta (31) com Flamengo x Paulistano, às 19h30, em São Paulo. Partida que repete a final do ano passado, vencida pelos cariocas.
O time Rio se estabeleceu neste ano como o grande bicho-papão ao dominar por completo o basquete brasileiro. Foi bicampeão do NBB, em maio, e ganhou o Carioca, nesta semana, pela décima vez consecutiva.
Além disso, destacou-se também no cenário internacional ao vencer a Liga das Américas, em março, e o Mundial Interclubes, em setembro, com um triunfo sobre o Maccabi, de Israel. Assim, a equipe se igualou ao Sírio, até então única equipe brasileira a ser campeã intercontinental, em 1979.
"A gente tem um desafio ainda maior agora, que é o de se manter como uma equipe vitoriosa. Essas coisas que conquistamos não nos garante nada", disse o técnico do Flamengo, José Neto.
Marcelo Sayão/Efe | ||
O ala/armador Marcelinho Machado festeja o título da Copa Intercontinental de basquete |
O sucesso rubro-negro não se restringe apenas a títulos. O Flamengo marcou o seu nome nos EUA ao se tornar o primeiro time sul-americano a enfrentar equipes da NBA na pré-temporada do basquete norte-americano –encarou Phoenix Suns, Orlando Magic e Memphis Grizzlies. Perdeu os três jogos. Mas voltou com experiência para brigar pelo quarto título do NBB.
Se ganhar, o clube carioca se tornará o maior vencedor da competição –o Brasília também tem três títulos.
"Os jogos contra os times da NBA acrescentaram muito para a nossa vivência no basquete. Vamos transportar para cá esse nível de experiência", afirmou Neto.
E para defender a hegemonia, o Flamengo manteve a base. O clube dispensou só três jogadores e trouxe o experiente ala Walter Hermann, 35, campeão olímpico com a seleção argentina nos Jogos de Atenas, em 2004.
"O Flamengo é o time que mais segurou jogadores, se reforçou muito bem e tem o maior orçamento. É o campeão e a referência", disse Luiz Zanon, técnico do renovado São José, semifinalista da última temporada.
"O Flamengo é um clube centenário, tem uma instituição sólida, uma gestão muito boa e um time competitivo. Tudo isso junto fez a equipe chegar onde chegou", afirmou Alberto Bial, treinador do Basquete Cearense.
SELEÇÃO
A sétima edição do NBB conta com seis jogadores que disputaram o Mundial da Espanha com a seleção brasileira, em setembro. O ala/armador Marcelinho Machado, 39, e o ala Marquinhos, 30, defendem o Flamengo. O ala/pivô Guilherme Giovannoni, 34, está no Brasília, enquanto o ala Alex, 34, o pivô Rafael Hettsheimeir, 28, e o armador Larry Taylor, 34, formam um trio no Bauru.
Esta trinca coloca o clube paulista como o maior rival do Flamengo pelo título.
Na última temporada, o Bauru, foi eliminado nas quartas de final diante da equipe rubro-negra.
"O Flamengo adquiriu um status a mais por ser o atual campeão mundial, mas a gente também tem um grupo forte. Entramos para disputar as finais", analisa o técnico de Bauru, Guerrinha.
NA TV
Paulistano x Flamengo
19h30 SporTV
Editoria de arte/Folhapress | ||