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    Atlético-MG vira confronto contra o Fla e vai à 1ª final da Copa do Brasil

    ALEX SABINO
    ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

    06/11/2014 00h02

    A noite de quarta (5) foi histórica para o futebol mineiro. Cruzeiro e Atlético-MG se classificaram nas semifinais da Copa do Brasil. Será a primeira vez que duas equipes do Estado de Minas Gerais decidirão um torneio nacional.

    Duas classificações com viradas nos minutos finais. O Cruzeiro, líder do Campeonato Brasileiro, empatou em 3 a 3 com o Santos na Vila Belmiro. O Atlético-MG conseguiu repetir o que já havia feito nas quartas de final, diante do Corinthians. Precisava reverter uma desvantagem de dois gols da primeira partida. Levou um gol em casa e, mesmo assim, goleou por 4 a 1. A vítima da vez foi o Flamengo.

    "É a final que o futebol mineiro sempre mereceu. Belo Horizonte vai parar", disse Willian, atacante do Cruzeiro e principal herói da vaga conquistada. Ele anotou duas vezes quando o time perdia por 3 a 1 e era eliminado.

    Atlético e Cruzeiro estiveram fora da Copa do Brasil em alguns momentos dos seus confrontos. Por 22 minutos, o Santos parecia prestes a eliminar o adversário, considerado pelo próprio técnico Enderson Moreira como o melhor do país. Tudo por causa de Rildo. Um atacante que nem deveria estar em campo em um jogo tão decisivo.

    Veja vídeo

    Leandro Damião e seus 13 milhões de euros (valor do empréstimo feito ao Santos para a sua contratação) viu o jogo do banco de reservas pela dificuldade em produzir no ataque. Geuvânio está lesionado na coxa esquerda.

    Rildo construiu a jogada do primeiro gol, cavou o pênalti que deu origem ao segundo e fez o terceiro do Santos. Emprestado pela Ponte Preta e ganhando R$ 60 mil por mês (R$ 440 mil a menos do que Robinho e Damião), estava perto de se consagrar.

    O Cruzeiro havia começado com vantagem por ter vencido no Mineirão por 1 a 0.

    A dianteira do Flamengo diante do Atlético-MG era maior ainda. Havia ganhado no Maracanã por 2 a 0.

    O Atlético começou a pressionar desde os primeiro minutos. Bombardeando o Flamengo, o time do técnico Levir Culpi acertou a trave duas vezes antes de Everton, em um contra-ataque, fazer um inesperado primeiro gol para o Flamengo, aos 34 min.

    Não se pode dizer que o gol mudou o futebol do Atlético, porque este já pressionava os cariocas. O gol de Carlos, aos 41, foi natural. E a pressão na etapa final foi avassaladora.

    Eram necessários mais três gols para o clube alvinegro. O desespero do Cruzeiro era por apenas mais um. Mas após Rildo ter feito 3 a 1 para o Santos, o lado azul de Minas Gerais parecia atordoado em campo. Quase derrotado.

    A cada gol do Atlético anunciado pelo sistema de som da Vila Belmiro, os cerca de mil cruzeirenses iam à loucura. Viam que a possibilidade de o rival estar na final, e eles não, era real.

    Quando Maicosuel (12 min), Dátolo (36 min) e Luan (39 min) protagonizaram a virada no Mineirão, o Cruzeiro ainda buscava o gol salvador.

    Perigosamente recuado, o Santos chamava o adversário para o seu campo e buscava o contra-ataque que nunca veio.

    A oportunidade sonhada pelo Cruzeiro, e pelo futebol mineiro, veio aos 35 min. A cabeçada do zagueiro santista Bruno Uvini caiu nos pés de Willian. Sozinho, de frente para Aranha, o atacante fez o gol. Nos acréscimos, decretou o empate que classificou o Cruzeiro. E fez história.

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