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    Nathan tinha objetivo de jogar torneio de juniores; hoje é titular do Palmeiras

    DIEGO IWATA LIMA
    DE SÃO PAULO

    08/11/2014 02h00

    Os planos profissionais de Nathan, 19, titular do Palmeiras neste sábado (8), contra o Atlético-MG, tinham 2015 como ponto de partida.

    A meta do zagueiro era estar no grupo que vai disputar a próxima edição da Copa São Paulo de juniores.

    "Na Copinha, eu poderia aparecer, ir para o profissional e despontar", imaginava.

    Nathan foi além. Tornou-se titular absoluto do Palmeiras, colocando no banco de reservas o campeão mundial de 2002, Lúcio.

    Foi também convocado para a seleção brasileira olímpica, em setembro.

    Sua impressão de que 2014 não seria um grande ano não era pessimismo, tinha base na realidade.

    Com cinco cirurgias na curta carreira (duas no joelho direito, garganta, nariz e, por último, ombro direito), o defensor já estava cursando administração, mesmo tendo disputado a última Copa São Paulo pelo Palmeiras.

    "Mas eu não estava gostando nem um pouco da faculdade", diz ele sobre o curso que frequentou entre janeiro e maio deste ano. "Era só um plano B."

    Aos poucos, no entanto, ele ganhou espaço no time sub-20 e, em seguida, juntou-se aos profissionais por decisão do então técnico Ricardo Gareca. Nathan conquistou também Dorival Júnior, que fez dele titular contra o Fluminense, em 13 de setembro, com a missão de marcar Fred.

    O Palmeiras perdeu por 3 a 0, mas Nathan se destacou.

    "Cara, até a hora do hino nacional, eu estava muito nervoso. Mas, quando o jogo começou, me lembrei do que me falavam no sub-20: são apenas 11 jogadores do outro lado. E eu estava cercado de gente experiente", conta.

    DOIS IRMÃOS

    Nathan chegou ao Palmeiras em 2007, após passar pelas categorias de base de Ypiranga, Portuguesa e São Paulo. "Mas quem me ensinou tudo foi o meu irmão", diz sobre Victor, 21, que joga futebol como bolsista na Universidade de Nova Southeastern, na Flórida, nos EUA.

    "Eu queria ser como ele, um meia habilidoso. Mas não tenho habilidade nenhuma", diz, entre risos.

    A idolatria dele pelo irmão mais velho só não é maior que o carinho que ele tem por Thiago, 10, o mais novo.

    "Eu faço tudo que ele quer, jogo videogame, brinco de arminhas. Ele não tem pai, sou o pai dele", diz.

    Nathan evita falar do seu pai. Mas fala com carinho da mãe, a advogada Eliana.

    Foi para ajudá-la que ele conseguiu dois empregos no período em que não pode jogar por conta das lesões no joelho, entre os 15 e os 17 anos.

    "Trabalhei em uma empresa de troféus e fui auxiliar de informática no Juizado Especial Federal", conta.

    Hoje em dia, o zagueiro tem colaborado para o Palmeiras se afastar da zona de rebaixamento no Brasileiro.

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