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    Dunga alcança na seleção início inédito desde 1969

    BERNARDO ITRI
    ENVIADO ESPECIAL A VIENA

    14/11/2014 02h00

    RafaelRibeiro/CBF
    Dunga e Neymar em treino da seleção brasileira
    Dunga e Neymar em treino da seleção brasileira

    Cinco vitórias em cinco jogos. O triunfo sobre a Turquia na última quarta-feira (12) fez Dunga chegar a uma marca na seleção que nenhum outro treinador alcançou desde 1969, quando o jornalista João Saldanha era o comandante da equipe nacional.

    De lá para cá, ninguém iniciou o trabalho na seleção com um desempenho tão positivo. Osvaldo Brandão, Telê Santana, Carlos Alberto Parreira, Zagallo, Luiz Felipe Scolari, entre outros: todos eles registraram começos inferiores ao de Dunga, em sua segunda passagem pela seleção brasileira.

    O atual treinador do time nacional é batido, porém, pelo próprio Saldanha, que, em 1969, ao assumir a seleção, conseguiu o feito de vencer nove jogos oficiais seguidos.

    O bom recomeço de Dunga tem dois pilares de sustentação. O primeiro é que, em pouco tempo, ele já conseguiu montar uma espinha dorsal do time. Tem titulares para, ao menos, sete posições: dois zagueiros, lateral esquerdo, primeiro volante, dois meias e Neymar.

    Miranda, Filipe Luís, Luiz Gustavo, Oscar, Willian e Neymar atuaram nos cinco triunfos de Dunga. Os dois primeiros têm encantado o treinador internamente.

    Por lesão, David Luiz ficou de fora de duas partidas, contra o Equador e o Japão. Mas também é titular inconteste.

    Diego Tardelli, não convocado para os amistosos ante Turquia e Áustria porque atua no Brasil, está em patamar semelhante. A sua concorrência, no entanto, é maior, o que não o garante titularidade.

    Com essa base praticamente definida na cabeça de Dunga, a determinação da CBF é vencer tudo o que há pela frente. A proposta do presidente José Maria Marin tem como objetivo recuperar o prestígio da seleção brasileira, abalado após o vexame na Copa do Mundo em casa.

    "Não tem como reescrever o passado", diz Dunga.

    Portanto, para Marin, ir bem agora nestes amistosos é obrigação, assim como vencer a Copa América de 2015, a ser disputada no Chile.

    Sob essa pressão e já tendo conseguido fechar ao menos meio time, Dunga vai testando jogadores novos a conta gotas. Escala poucas novidades na equipe titular e vai experimentando outras opções apenas durante as partidas amistosas.

    O treinador terá a chance de aumentar essa marca de cinco vitórias consecutivas na próxima terça (18), amistoso contra a Áustria, em Viena. Na quinta-feira, um dia após a vitória sobre a Turquia, a seleção folgou e volta a treinar apenas nesta sexta.

    ESPINHA DORSAL - JOGARAM OS CINCO JOGOS

    Miranda

    Sem chance com Felipão na Copa, é um dos mais elogiados por Dunga

    Filipe Luís

    Elogiado pela dedicação, por dar mais segurança à defesa e por boas descidas ao ataque

    Luiz Gustavo

    É discreto e exerce a função que Dunga fazia quando jogador, focado no desarme

    Oscar

    Bons passes e aproximação no ataque, é voluntarioso quando o time perde a bola

    Willian

    Em ótima fase, é ele quem acelera as jogadas na equipe

    Neymar

    Craque, virou capitão fixo

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