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    COI pretende baratear Jogos Olímpicos

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    18/11/2014 02h00

    O presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), o alemão Thomas Bach, apresenta nesta terça-feira (18) aos membros da entidade 40 propostas que serão votadas para "arejar" seu principal produto: os Jogos Olímpicos.

    A cerimônia ocorre no museu do comitê, em Lausanne, na Suíça, e pode ser o início da maior mudança em décadas no formato dos Jogos.

    O pacote de mudanças chama-se Agenda 2020. As sugestões serão votadas no próximo mês, em Mônaco, pelos integrantes do órgão.

    Bach, que dirige o COI desde setembro de 2013, quer tornar o evento mais acessível aos países que desejam recebê-lo, às empresas que querem bancá-lo e ao público.

    Entre as principais propostas de reforma estão simplificar o esquema de candidatura de cidades. Para Bach, o método atual é por demais exigente, caro e excludente.

    O orçamento da Rio-2016, por exemplo, está em R$ 37,6 bilhões. Já a Olimpíada de inverno, em Sochi, no início deste ano, custou US$ 51 bilhões (cerca de R$ 120 bilhões à época) aos russos.

    Pelo novo formato, uma cidade não teria necessariamente de cumprir todos os requisitos impostos pelo "padrão COI", mas se apresentar de acordo com a realidade financeira, de modo mais livre.

    Um exemplo recente assustou os dirigentes do comitê: quatro das seis cidades que concorriam pelos Jogos de Inverno de 2022 desistiram em meio à campanha.

    Luciana Whitaker/ Folhapress
    Thomas Bach, presidente do COI
    Thomas Bach, presidente do COI

    A norueguesa Oslo, que estava entre as finalistas e era vista como favorita, abdicou após seus governantes votaram contra apoiar financeiramente o intento. Restaram, na reta final, apenas duas candidatas: Pequim, na China, e Almaty, no Cazaquistão. A decisão sairá em 2015.

    O processo que escolheu a cidade-sede dos Jogos de Verão de 2020 também foi "magro" e só teve três finalistas. Tóquio, que acabou eleita, Madri e Istambul.

    Bach deseja "convidar os países que desejam se candidatar para debater e ser parceiros do COI", e não deixar como é, ou seja, "apenas uma inscrição de concurso".

    MODALIDADES

    A outra grande proposta a ser mostrada pelo presidente aos membros do COI envolve o programa olímpico.

    Se aprovado em dezembro, o novo processo de escolha de esporte mudará: haverá abertura para que cada país-sede possa indicar seus esportes mais tradicionais.

    Atualmente, cada inclusão ou remoção de modalidade depende única e exclusivamente de votação do comitê-executivo do COI.

    Seria possível, por exemplo, que o Brasil sugerisse a entrada de esportes de seu interesse nos Jogos de 2016, que poderia ou não ser acatada.

    Além da esfera competitiva, espera-se que Bach apresenta sugestões em outras áreas. Entre elas, a criação de um canal oficial olímpico de transmissão -para atingir um público maior mundo afora-, eventos novos e menos custosos (mais voltados para os jovens) e o aumento da idade-limite dos membros do COI, hoje fixada em 70 anos.

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