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    Verba extra leva Jaqueline ao Minas, mas filho de 11 meses fica em SP

    MARCEL MERGUIZO
    DE SÃO PAULO

    19/11/2014 02h00

    A ponteira Jaqueline, bronze no Mundial com a seleção brasileira de vôlei há um mês, vai jogar a Superliga pelo Minas. O acerto ocorreu graças ao aumento da verba de patrocínio de duas empresas que já apoiam o clube: Camponesa e Les Chemises.

    "Eu não ia jogar mais neste ano e, de repente, tudo aconteceu. Eles [Minas] me buscaram e duas marcas que já estão na camisa aumentaram a verba", disse a jogadora, por telefone, à Folha.

    Sem clube desde meados de 2013, quando já estava grávida do filho, Arthur, nascido em dezembro do ano passado, Jaque havia chorado e desabafado na Itália, após o fim do Mundial. Ela disse que não tinha aceitado propostas para jogar fora do Brasil para não ficar longe do filho e do marido, Murilo –da seleção e do Sesi-SP– e, por isso, tinha medo de não conseguir clube no país.

    "Não tive tempo de ver casa nem nada em BH. Vou levá-lo [Arthur] depois, ano que vem. Por enquanto, vai ser na ponte aérea", afirmou a bicampeã olímpica de 30 anos que mora em São Paulo.

    Ela se apresenta nesta quarta (19) e passa treinar na segunda.

    "Nem com a minha mãe eu falei direito ainda", brincou a jogadora, que também disse que iria ligar para o técnico da seleção, José Roberto Guimarães, para falar sobre a novidade.

    "Vou em busca de uma vida nova, lugar novo e espero dar o que eles estão querendo de mim: colaborar com minha experiência. Acredito que podemos chegar na final da Superliga", analisou Jaque.

    Ela disse que está desde o final do Mundial, há um mês, "sem fazer nada", portanto, sem planejar uma data para a estreia.

    Após dois jogos e duas derrotas, o Minas é o oitavo colocado entre 13 times na Superliga feminina.

    Além do clube mineiro, o Pinheiros também procurou Jaqueline para tentar contratá-la. Esbarrou nas questões financeiras.

    Jaqueline teve dificuldades para encontrar uma equipe no país em razão de ter recebido a pontuação máxima (sete) no ranking da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para este ano.

    Assim, ela não podia atuar em times da Superliga que já tenham duas atletas no mesmo nível dela –ou seja, as principais da seleção, que estão nos clubes de ponta. Já os menores, sem as duas atletas com ranking máximo, não tinham condições financeiras de contratá-la.

    Ricardo Bufolin/Minas Tennis/Divulgação
    Jaqueline posa em sua casa, em São Paulo, com a camisa do Minas
    Jaqueline posa em sua casa, em São Paulo, com a camisa do Minas
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