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    Opinião: Começou uma nova era para o Palmeiras, apesar do placar

    LÚCIO RIBEIRO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    20/11/2014 02h00

    Para quem comeu o pão italiano que o diabo amassou na longa fase "homeless", vagando por Barueris, Araraquaras, Pacaembus ("o estádio do Corinthians"), e agora passou a tomar sorvete Diletto na arquibancada moderna e cara, o palmeirense encarou a inauguração da sua nova casa, como um portal de entrada para uma dimensão futurística.

    OK, o resultado da estreia não ajudou e o time segue correndo o risco de ter uma das arenas mais charmosas e bem localizadas do planeta jogando (novamente) a 2ª divisão, mas não dá não para dizer que o Palmeiras não entrou mesmo numa nova era.

    Todo mundo acha isso de seu time, em algum momento, mas ninguém melhor que o torcedor verde para dizer, pelo menos nos últimos tempos, que nada no Palmeiras é fácil.

    No meio da grande expectativa de estreia de sua bela arena em tempos de belas arenas, quando foi criado uma caça aos ingressos que lembrou a batalha da Copa do Mundo por entradas, mesmo quando a maior e única ambição de um time oito vezes campeão brasileiro é sobreviver na elite, o sentimento reinante era de orgulho.

    Isso até as 22h, quando o jogo começou. Depois era o time limitado de sempre, nada à altura do estádio novo. Muita arena para pouco time.

    Dentro daquela história de que tudo do Palmeiras tem sido difícil, não só o astro do time, o chileno Valdivia, craque capaz de transformar o nível da equipe de Z-4 para G-4, não veio jogar em noite tão importante como um ex-ídolo do time, Diego Souza, estava do outro lado, defendendo as cores do Sport, louco para estragar a festa.

    Aliás, seria mais justo para a história do clube se Diego Souza fizesse o primeiro gol da Arena do que o camisa "10" (que jogou com a 18) do Palmeiras ontem, o meia Felipe Menezes. Desde que fosse contra, claro.

    Claro que paciência tem limite e, quando os olhos verdes se acostumaram à excelente iluminação da "melhor arena do mundo", segundo um dos integrantes da comitiva de sir Paul McCartney, a corneta começou logo a soar assim que o 2º tempo começou, como em um prenúncio da tragédia.

    O ex-beatle faz shows na semana que vem no campo palmeirense e, a julgar pelo resultado do jogo do dono do estádio dias antes, vai usar melhor a acústica incrível da Arena do que a torcida alviverde. Pelo menos para os ouvidos do presidente do time. All my loving, Paulo Nobre!

    E o Palmeiras segue sua long and winding road. De casa nova, pelo menos.

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