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    Sem Valdivia, Palmeiras é pior que Criciúma, o lanterna do Brasileiro

    DIEGO IWATA LIMA
    DE SÃO PAULO

    21/11/2014 02h00

    Dois times do Palmeiras disputam o Campeonato Brasileiro deste ano.

    A equipe que mais entra em campo –sem Valdivia, ausente em 20 partidas– tem só 27% de aproveitamento, um desempenho pior que o do Criciúma, o 20º colocado, ou seja, o lanterna.

    O outro Palmeiras está em nível bem superior. Com o chileno, presente em 15 jogos, o time atinge 51% de pontos conquistados, aproveitamento próximo ao do Fluminense, que está na luta pelo G4.

    Os números evidenciam como o Palmeiras (14º lugar) deixa de lado a criatividade quando Valdivia não atua.

    Sem ele, o time sofre para criar jogadas ofensivas –e assim faz o torcedor sofrer, como aconteceu na quarta (19), na reinauguração do estádio, quando a equipe foi derrotada pelo Sport por 2 a 0.

    Essa situação se deve muito à capacidade técnica do atleta de 31 anos, que já disputou duas Copas pelo Chile, em 2010 e 2014. Mas pode ser atribuída também à deficiência do atual elenco.

    "O Valdivia é o único pé que se salva nesse time", avalia o jornalista Mauro Beting, diretor do recém-lançado filme "12 de Junho de 1993 - O Dia da Paixão Palmeirense".

    "Ele não é um mago, como se diz. Mas, nesse Palmeiras horroroso, o pior que eu já vi em 42 anos de arquibancada, ele é fundamental", diz.

    Felipe Menezes, Bruno César e Allione, candidatos à função de meia de criação no time, nunca se aproximaram da eficiência de Valdivia.

    O atleta, aliás, faz diferença também fora de campo. Mesmo tendo jogado pouco em relação ao número de partidas do time em suas duas passagens (de 2006 a 2008 e desde 2010), devido a lesões e suspensões, o meia é admirado pela torcida.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "O palmeirense é carente de ídolos há muito tempo e gosta bastante do Valdivia porque não há outro, a despeito de ele ser pouco confiável", acredita Beting.

    Uma dose de acaso interveio para a permanência de Valdivia no clube em 2014.

    Em julho, chegou a ser apresentado como jogador do Al Fujairah, do Qatar. Mas o meia e o time árabe se desentenderam, e Valdivia voltou ao alviverde. "Se tivesse sido negociado, o Palmeiras, provavelmente, já estaria rebaixado à Série B", diz Beting

    Diego Iwata Lima/Folhapress
    Foto do camarote da família do Valdivia e da sua mulher Daniela Aranguiz
    Foto do camarote da família do Valdivia e da sua mulher Daniela Aranguiz
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