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    Verba para o esporte não atinge 1% em dez capitais

    PAULO ROBERTO CONDE
    DE SÃO PAULO

    27/11/2014 02h00

    As capitais que responderam ao questionário do programa Cidades do Esporte, da ONG Atletas pelo Brasil, afirmaram que seus orçamentos em 2013 corresponderam a menos de 1% do total executado pelos municípios.

    A falta de recursos impede que políticas públicas de esporte sejam implementadas, o que também afeta a proliferação de talentos. Apenas seis das dez cidades tinham projetos de alto rendimento em seus planejamentos em 2013.

    O relatório concluiu que, ainda assim, essas iniciativas voltadas ao alto nível "atingiram pouquíssimos jovens".

    O documento também apontou a "necessidade de adoção de metas de resultados e de planos de longo prazo" para os municípios.

    Segundo o secretário-adjunto de esporte de Porto Alegre, Paulo Marques, a falta de recursos é um dos grandes problemas. Sem projetos de alto rendimento, a cidade, diz Marques, se concentra na inclusão social.

    Ele afirma que, nos próximos meses, Porto Alegre receberá duas novas praças esportivas e que, nos últimos anos, "houve um avanço muito grande".

    A cidade foi uma das que aceitaram se inscrever no censo. Marques acredita que o relatório vai contribuir para novos rumos.

    "Vamos ver erros e acertos e definir nosso planejamento. Porto Alegre tem interesse no fortalecimento do esporte quanto a questão social e de lazer. Mas essa discussão não pode ficar só na prefeitura, deve avançar para um âmbito federal", completou.

    Outra cidade signatária do censo, Belo Horizonte espera receber o documento para definir suas diretrizes.

    "O trabalho feito em conjunto é extremamente importante. Vai ser fundamental para estabelecer os planos. Pode ser que se torne um marco", afirmou o secretário de esportes da capital mineira, Patrick Albuquerque.

    Ele ressaltou que assim que receber o teor do levantamento analisará locais que precisam de um maior atendimento, sobretudo "áreas de vulnerabilidade social".

    Para a diretora-executiva da Atletas pelo Brasil, Daniela Castro, um aspecto positivo do censo foi ter contado com adesão das capitais.

    Das 12 cidades-sede da Copa de 2014, apenas Rio de Janeiro e Manaus não validaram os dados fornecidos a tempo da conclusão. O Cidades do Esporte continuará sendo atualizado até 2022.

    "Isto pode ser um avanço. O que fizemos foi um diagnóstico, que pode se tornar importante no futuro", disse Daniela Castro.

    Editoria de arte/Folhapress

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