O gol de Diego Tardelli no último minuto do primeiro tempo confirmou que o Atlético é quem melhor aprendeu a jogar contra o atual bicampeão brasileiro.

Já são oito clássicos sem derrotas para o maior rival, cinco vitórias e três empates. O último triunfo cruzeirense, por 4 a 1, aconteceu quatro dias depois do título da Libertadores-2013 do Galo, que escalou reservas.

Foi contra o Cruzeiro, em setembro, pelo Brasileiro, que Levir Culpi, técnico atleticano, achou sua melhor formação. Marcou a saída de bola dos volantes e obrigou os cruzeirenses a darem o primeiro passe com seus zagueiros. Na primeira partida destas finais, os volantes Lucas Silva e Henrique deram a maioria de seus passes para os zagueiros Léo e Bruno Rodrigo.

Naquele clássico de setembro, Guilherme era o parceiro de ataque de Tardelli. Na última segunda (24), Levir Culpi tentou recuperá-lo. Treinou por 40 minutos e não tocou o pé direito na bola.

"Com o esquerdo, fez mais do que muitos jogadores que estavam inteiros", disse um integrante da comissão técnica. Guilherme foi brilhante quando jogou.

Ontem, a maior parte dos passes foi para o lateral Egídio. Normalmente, o Cruzeiro faz o bom passe chegar a Everton Ribeiro e Ricardo Goulart. O campeão da Copa do Brasil não permite.

Os atleticanos costumam lembrar-se de um tempo em que olhavam a tabela da Copa do Brasil com otimismo, ao perceber que clássicos só haveria nas fases decisivas. Desta vez, o Atlético eliminou Palmeiras, Corinthians, Flamengo e Cruzeiro.

E levantou a taça no Mineirão, onde seu presidente Alexandre Kalil disse que só faria os jogos especiais. Isso porque não acha justo a Minas Arena, que administra o estádio, arrecadar mais com camarotes, estacionamento e alimentação do que os clubes.

No velho Mineirão, o Cruzeiro se construiu grande. No novo, o Atlético conquistou ontem sua terceira taça. Campeão da Libertadores-2013, do Mineiro-2013 e da Copa do Brasil-2014.

Os dois últimos em cima do Cruzeiro. É quase uma tríplice coroa.

	Editoria de Arte/Folhapress
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