A dificuldade de Rogério Ceni abandonar os gramados já vem desde os tempos que o goleiro ingressou no elenco profissional do São Paulo.

A fama de "fominha" que o camisa 1 são-paulino tem atualmente começou a ter origem ainda no ano de 1997, quando virou titular absoluto do gol da equipe do Morumbi após a saída de Zetti.

"Rogério não deixava eu jogar. Entrava em campo até machucado. E ele sempre falava que não podia dar espaço, não podia dar oportunidade. Mas, a gente ria, achávamos engraçado esse jeito dele", lembrou à Folha Paulo Sérgio, o primeiro reserva do atual capitão são-paulino.

Contratado junto ao Ituano em 1993 para ser o terceiro goleiro, Paulo Sérgio ficou no São Paulo até 2001 e disputou apenas cinco jogos. Mesmo assim, a amizade com o concorrente da posição só cresceu ao longo dos anos, vividos em boa parte no mesmo quarto da concentração.

Um ano mais jovem do que Ceni, o então goleiro Paulo Sérgio, que foi titular em clubes como Sport, CSA e Vila Nova, entre outros, disse que passatempos como o violão e a sinuca sempre foram a distração do amigo nos intervalos entre um jogo e outro.

"Às vezes, a gente jogava no domingo, e só ele ia treinar na segunda. E eu era o jogador que mais treinava faltas com ele naquela época. Chegávamos a ensaiar mais de cem cobranças por dia", recordou o o ex-jogador, que virou político após abandonar os gramados. Hoje ele é prefeito de Hidrolândia, em Goiás.

Paulo Sérgio não tem mais contato com o camisa 1 são-paulino, mas, mesmo de longe, apoiou a renovação de contrato. "Ele sempre foi muito dedicado. E a sua técnica, aliada à experiência, o ajudará a continuar", apontou.

	Divugalção/Prefeitura de Hidrolândia
	O ex-goleiro Paulo Sérgio posa para foto durante evento em Hidrolândia, em Goiás