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    Com seca, seleção de canoagem precisa de bombas de água para treinar

    MARCEL MERGUIZO
    DE SÃO PAULO

    01/12/2014 02h00

    Divulgação
    A canoí­sta Ana Sátila Vargas compete no Canal de Itaipu, em Foz do Iguaçu
    A canoí­sta Ana Sátila Vargas compete no Canal de Itaipu, em Foz do Iguaçu

    Contra a estiagem, a canoagem brasileira vai ganhar três bombas como reforço para janeiro. Bombas de água.

    Em um dos esportes olímpicos mais dependentes de intempéries, a seleção permanente de canoagem tem um obstáculo recorrente para superar: a seca no Canal Itaipu, na fronteira com o Paraguai, onde a equipe treina.

    Um convênio foi firmado entre o Ministério do Esporte e a prefeitura de Foz do Iguaçu para instalar um sistema de bombeamento no reservatório da usina, e assim abastecer o canal, que recebe treinamentos e competições de canoagem slalom e rafting.

    O aporte do governo federal é de R$ 3 milhões.

    A obra, que começou em setembro passado, deverá estar concluída até o fim deste ano. As bombas estão sendo montadas em Curitiba e têm previsão de chegarem a Foz do Iguaçu nesta semana.

    De acordo com o Ministério do Esporte, a instalação da operação de bombeamento no canal é garantia de que os canoístas possam treinar no local durante os 12 meses do ano, independentemente de haver ou não um período de estiagem no país.

    O novo sistema deve funcionar já no início de janeiro e assim beneficiar os 24 atletas da seleção (hoje são 20).

    De 22 a 26 de abril, Foz do Iguaçu sediará o Campeonato Mundial júnior e sub-23 de canoagem slalom. Em 2007, o canal recebeu o Mundial adulto da modalidade.

    Um sistema de bombas similar ao que será instalado já foi testado em Itaipu em outubro passado, durante o Mundial de rafting, com equipamentos alugados. As tentativas funcionaram. Agora, a solução será permanente.

    Editoria de arte/Folhapress

    SELEÇÃO

    A equipe brasileira permanente reside em Foz do Iguaçu desde 2012. O Canal Itaipu é único da América Latina específico para a modalidade.

    Um outro está sendo construído em Deodoro, no Rio, onde serão disputados os Jogos Olímpicos em 2016.

    Como é abastecido pelas águas do rio Paraná, "existe o reflexo negativo" da falta de chuvas no Canal Itaipu como em todos os rios da região. É o que explica Argos Dias Rodrigues, superintendente da CBCa (Confederação Brasileira de Canoagem).

    "Há uma programação de treinos a ser cumprida. Agora estamos no final do ciclo onde a prioridade é a preparação física. Só vamos necessitar realmente de técnica em corredeiras no início de janeiro, quando então o problema de falta de água no Canal Itaipu deverá ser resolvido com a implantação das bombas", disse o dirigente.

    A Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) disse à Folha que não considera que exista uma crise hídrica na cidade. "Embora o nível do Lago de Itaipu esteja abaixo do normal, isso não compromete o abastecimento público de água", afirmou.

    A superintendência de comunicação de Itaipu Binacional também disse que desconhece a existência de impactos ou problemas decorrentes da falta de água.

    "Podemos afirmar com toda segurança que não existe crise hídrica aqui na cidade e na região", declarou, por meio de nota.

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