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    Diretor de comitê britânico diz que críticas à Rio-2016 foram 'injustas'

    PAULO ROBERTO CONDE
    ENVIADO ESPECIAL A BELO HORIZONTE

    02/12/2014 12h02

    Em meio a crenças e desconfianças envolvendo a organização dos Jogos Olímpicos do Rio, o diretor do Comitê Olímpico Britânico (BOA, na sigla em inglês), Mark England, apresenta uma resolução rara. Já apontado como chefe de missão da Grã-Bretanha para a Olimpíada de 2016, ele afirma que as críticas feitas a atrasos organizacionais são "injustas".

    "Houve muitas críticas às obras da Olimpíada e ao comitê organizador, mas eu acho que foram injustas", disse à Folha, durante o 2º Seminário de Gestão do Esporte.

    "Trouxemos recentemente 40 diretores de equipes britânicas ao Brasil para analisar as instalações competitivas e de treinamento e a vila olímpica. Todos foram unânimes ao dizer que tudo estava fantástico. O progresso está ótimo" completou o dirigente, que tem vivido em uma ponte-aérea Londres-Rio-Belo Horizonte.

    Orlando Bento
    Mark England, diretor do Comitê Olímpico Britânico, durante palestra em Belo Horizonte
    Mark England, diretor do Comitê Olímpico Britânico, durante palestra em Belo Horizonte

    A capital mineira será a base da aclimatação britânica antes do megaevento. O BOA fechou uma parceria milionária com o Minas Tênis Clube para usar as instalações.

    "Parece-me que a vila olímpica será uma das melhores de todos os tempos", disse.

    Entre março e abril deste ano, o comitê organizador dos Jogos do Rio foi alvejado por diversas críticas. Um dos vice-presidentes do COI (Comitê Olímpico Internacional), o australiano John Coates, chegou a dizer que os preparativos eram "os piores já vistos".

    O próprio COI chegou a dizer que o Rio não tinha um segundo a perder mais.

    No meio-tempo, um baque afetou a liderança do evento, com a saída de Maria Silvia Bastos Marques da presidência da Empresa Olímpica Municipal, órgão da prefeitura carioca responsável por tocar as obras relativas à Olimpíada.

    Ela acabou substituída por Joaquim Monteiro de Carvalho.

    England reconhece que o Rio tem "desafios", mas possíveis de serem superados. Afirmou ter lido recentemente que o velódromo está ligeiramente atrasado.

    "Mas ainda há 20 meses pela frente, é bastante tempo. A federação internacional de ciclismo conversará com o Comitê Olímpico Internacional e com a organização da Rio-2016 para ajustar tudo. A informação de que dispomos é que tudo vai bem, de acordo com o planejamento", contou.

    England também evitou fazer comparações com a edição de Londres-2012. Segundo ele, "cada edição dos Jogos Olímpicos é única."

    "É difícil comparar entre duas. No Rio, há estádios icônicos como o Maracanã, que Londres não tinha a este ponto. De maneira geral, ficamos totalmente satisfeitos com o que vimos no Rio", afirmou.

    O jornalista PAULO ROBERTO CONDE viaja a convite da organização do 2º Seminário de Gestão do Esporte

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