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    Sul-coreanos são pegos de surpresa por volta ao calendário da F-1

    DE SÃO PAULO

    05/12/2014 16h38

    Nem mesmo os organizadores do GP da Coreia do Sul sabiam que voltariam a sediar uma etapa do Mundial de F-1 na próxima temporada, como anunciou a FIA na última quarta-feira (3), após reunião do Conselho Mundial da entidade em Doha, no Qatar.

    "Não fomos avisados com antecedência. A FIA simplesmente fez o anúncio apesar de já termos manifestado a dificuldade de abrigar uma corrida no próximo ano", afirmou um dos organizadores à agência de notícias AFP.

    "Temos que levar em conta também a visão negativa de muitas pessoas da província [do local que recebe a prova] sobre os altos custos do evento. As negociações sobre um novo contrato estão paradas para tentarmos encontrar uma maneira de diminuir os gastos para a região, mas ainda não tivemos sucesso neste sentido".

    A Coreia do Sul, que abrigou etapas do campeonato de 2010 até o ano passado, foi excluída do calendário deste ano por conta da falta de público em suas corridas e dos prejuízos que os organizadores vinham tendo ano após ano.

    O país gastou cerca de U$ 260 milhões (aproximadamente R$ 676,5 milhões) para construir o Korea International Circuit, que fica a cerca de 400 km ao sul de Seul, a capital sul-coreana.

    Pelas estimativas dos organizadores, a prova deu prejuízos de cerca de US$ 200 milhões em quatro anos.

    Na última quarta, a FIA divulgou que a Coreia do Sul voltará ao calendário no próximo ano para receber a quinta etapa do Mundial, no dia 3 de maio, apenas uma semana antes do GP da Espanha, o que dificultaria a vida das equipes.

    E, apesar de constar do calendário definitivo, a prova ainda está com o status de "a confirmar".

    Nos bastidores, especula-se que a inclusão do país tenha sido apenas uma maneira de burlar o regulamento no que diz respeito ao número de motores que os pilotos têm direito a usar por temporada.

    Cada um pode utilizar cinco por temporada e recebe uma punição caso ultrapasse este número. Para aumentar a quantidade de motores a que eles têm direito, os times teriam de concordar de maneira unânime com a alteração no regulamento.

    Mas há uma brecha nas regras que afirma que se houver mais de 20 etapas no calendário, este número pode ser aumentado.

    Além do circuito de Yeongam, Seul apresentou um projeto a Bernie Ecclestone neste ano para receber uma prova nas ruas da capital.

    Mas como a prova está marcada para daqui a menos de cinco meses, dificilmente a cidade teria tempo de se preparar adequadamente.

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