Favorito para substituir Mano Menezes como técnico do Corinthians no próximo ano, Tite teve pior aproveitamento com o time na temporada 2013 do que seu conterrâneo gaúcho em 2015.

Tite fez 75 jogos em 2013 e teve um aproveitamento de 52,4% dos pontos. Mano dirigiu o Corinthians 63 vezes neste ano e obteve 60,3%. Há uma diferença, contudo, nos objetivos do clube em cada uma dessas temporadas.

Tite teve à disposição os jogadores que terminaram 2012 em alta, após os títulos da Libertadores e do Mundial. Ainda ganhou o atacante Pato, o meia Renato Augusto e o zagueiro Gil como reforços.

A meta era o bi da Libertadores, que não veio, mas vieram dois títulos: Paulista e Recopa Sul-Americana. O problema foi o Brasileiro. A equipe oscilou muito e terminou em décimo, a 11 pontos do último classificado à Libertadores e a seis do primeiro time na zona da degola.

Já Mano assumiu o Corinthians com a missão de reformular o elenco. Ao longo da temporada perdeu nomes como Pato, Emerson, e Romarinho. Ganhou outros como Jadson, Petros e Fágner.

No Paulista, caiu na primeira fase. Na Copa do Brasil saiu nas quartas de final ao ser goleado pelo Atlético-MG por 4 a 1. No Brasileiro, apesar de altos e baixos, garantiu a vaga na Libertadores com a quarta colocação.

Tite saiu no fim de 2013 por desgaste com a diretoria. Não assumiu outro clube. Usou o tempo para estudar. Hoje, agrada aos candidatos à presidência do Corinthians.

Tanto Roberto de Andrade, candidato da situação na eleição de 7 de fevereiro, quanto Paulo Garcia, da oposição, declaram que veem em Tite a possibilidade de o time brigar novamente por taças.

A ideia da diretoria é anunciar o técnico até segunda-feira (15). O que pode afastar Tite é a pedida salarial. A diretoria não quer inflacionar a folha de pagamento –Mano recebia R$ 600 mil mensais.

Oswaldo de Oliveira, demitido pelo Santos em setembro, também interessa.