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    Gabriel Medina tenta quebrar tabu de brasileiros no Havaí

    ÉDER FANTONI
    ENVIADO ESPECIAL A PIPELINE (HAVAÍ)

    08/12/2014 12h00

    O paulista Gabriel Medina, 20, luta para se tornar o primeiro brasileiro campeão mundial de surfe, na praia de Pipeline, no Havaí. O local com as ondas mais temidas do mundo, porém, não traz muitas lembranças positivas para o país.

    Nenhum surfista do Brasil conseguiu vencer a etapa da praia que é considerada a "meca" da modalidade.

    A prova é disputada desde 1971 e é dominada pelos donos da casa. De lá para cá, 17 havaianos subiram no lugar mais alto do pódio. A Austrália é o segundo país com mais vencedores (14), seguido pelos Estados Unidos (dez). A única nação fora deste eixo que conseguiu uma vitória no local foi a África do Sul, em 1975, com Shaun Tomson.

    Desde 1992, quando o WCT passou a definir o campeão mundial, o máximo que o Brasil conseguiu foram as semifinais de Peterson Rosa, em 1994, Guilherme Herdy, em 1996, Renan Rocha, em 2000, e Paulo Moura, em 2004.

    Editoria de arte

    Apesar dos insucessos do Brasil em Pipeline, Medina diz saber os atalhos para triunfar.

    "Eu estou preparado, me preparei para a etapa. É a minha sétima vez no Havaí. Minhas pranchas, inclusive, são fabricadas Havaí".

    Pelo Mundial, o máximo que o brasileiro conseguiu na etapa de Pipe foram as quartas de final de 2011, quando acabou eliminado pelo australiano Kieren Perrow.

    Na disputa pelo título, o brasileiro tem dois rivais: Kelly Slater e o australiano Mick Fanning.

    O americano Slatter já está cansado de tanto vencer no Havaí. O surfista 11 vezes campeão do mundo já ganhou a etapa por sete vezes (1992, 1994, 1995, 1996, 1999, 2008 e 2013).

    Por outro lado, Fanning, a principal ameaça a Medina na busca pelo título, nunca ganhou em Pipeline.

    A prova é tão tradicional que o australiano não pensa em outra coisas a não ser vencer em Pipeline pela primeira vez na sua carreira. O título? Isso é uma outra história.

    "Vencer o Mundial é sempre algo muito significativo na carreira de qualquer surfista. Mas a minha prioridade é vencer Pipe, algo que nunca consegui", disse Fanning.

    "Estou focado neste objetivo em vez do Mundial. Estou ansioso para tentar colocar meu nome na lista de vencedores de Pipeline. É a única coisa que está sob meu controle. Não posso mudar a matemática e as projeções", concluiu.

    VEJA O QUE MEDINA PRECISA PARA SER CAMPEÃO

    Se chegar até a final no Havaí, Medina conquista o título mundial sem depender de outro resultado;

    Se perder nas quartas ou na semifinal, tem que torcer para Mick Fanning não ganhar a etapa;

    Se perder na quarta ou na quinta rodada, Medina acaba com as chances de título de Kelly Slater e tem que torcer para Fanning não chegar à final;

    Se perder na segunda ou terceira rodada, precisa torcer para Slater não vencer a etapa e Fanning não chegar à semifinal;

    Neste último caso, se o australiano parar nas quartas, há bateria extra

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