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    Dorival critica argentinos e lembra que impediu afastamento de atletas

    DA LANCEPRESS

    10/12/2014 15h33

    O técnico Dorival Júnior, demitido na segunda-feira (8), saiu chateado do Palmeiras. Em entrevista à ESPN, nesta quarta-feira (10), ele criticou os argentinos Tobio e Mouche e lembrou que impediu que a diretoria afastasse jogadores após a goleada por 6 a 0 para o Goiás.

    A atitude o deixou em alta com o elenco na ocasião, mas no fim do ano alguns atletas não fizeram questão de esconder a insatisfação.

    O atacante Mouche, que jamais teve sequência com Dorival, decidiu que voltaria à Argentina se o treinador fosse mantido no cargo e declarou que os argentinos estavam enfrentando dificuldades.

    Já o zagueiro Tobio, que virou titular na reta final, publicou em seu Twitter que não enfrentou o Atlético-PR por opção do comandante, e não por um problema físico, como o clube divulgou.

    "Reconheço que o Mouche não teve oportunidades comigo. O Cristaldo foi titular por mais de dez partidas, o Tobio também. O Allione, em todos os momentos em que jogou, foi expulso. Ele também sofreu uma lesão e, quando retornou, ainda estava inseguro. O Mouche demorou muito para entrar em forma, acho que ele se esqueceu disso. Demorou 45 ou 50 dias para começar a produzir melhor", disse o treinador.

    Cesar Greco/Ag.Palmeiras/Divulgação
    Dorival Junior em treino do Palmeiras na Academia de Futebol
    Dorival Junior em treino do Palmeiras na Academia de Futebol

    Dorival disse que não quis promover o retorno de Tobio ao time titular em um jogo tão decisivo, sendo que ele estava fora havia mais de 15 dias para tratar uma lesão na coxa direita. Mas, segundo o técnico, o defensor não ficou nem no banco porque disse aos médicos do clube que estava com dores.

    "Eu estava preocupado pelo período de afastamento dele. Ele vinha sendo titular da equipe, mas era um período de recuperação longo para que acontecesse a volta de um zagueiro. A minha preocupação era uma observação bem clara dos dois dias antes da partida. O jogador, às vezes, precisa ter cuidado. Muito cuidado. Eu jamais expus qualquer atleta por qualquer motivo. O Tobio me mostrou o outro lado. Ele chegou ao doutor e pediu para não ser relacionado. Esse lado as pessoas não conhecem. Estou dando a versão correta. O senhor Tobio precisa ser responsável. O Tobio não poderia ter feito isso. Existe uma hierarquia e ela precisa ser respeitada", declarou Dorival.

    Em setembro, a diretoria queria dispensar jogadores como Wesley, Felipe Menezes e Weldinho após a goleada por 6 a 0 sofrida para o Goiás. Dorival barrou.

    "Aconteceu, sim. Eu me posicionei contrário. Quero deixar bem claro: não sou o tipo de treinador que toma decisão sozinho. Eu respeito a postura do clube. Eu jamais vou tomar uma decisão sem que tenha ouvido toda a comissão e a diretoria. Chegamos ao consenso depois de algumas conversas de que não seria o momento ideal (afastamento de jogadores). Foi importante essa tomada de decisão. Sou muito sincero", disse o técnico.

    Em entrevista à Rádio Globo, Dorival também afirmou que, ao ser contratado para tentar livrar o time da queda para a Série B, teve a garantia dos dirigentes do Palmeiras de que permaneceria no comando da equipe no ano que vem.

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