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    O trabalho começaria agora, afirma Dorival Júnior

    DIEGO IWATA LIMA
    DE SÃO PAULO

    11/12/2014 02h00

    Dorival Júnior, que trabalhou por três meses no Palmeiras, afirma que não teve tempo de mostrar ao clube que o demitiu todo seu potencial como técnico.

    "O meu trabalho, com meus métodos e da maneira como imagino o futebol, começaria agora, em janeiro", disse o treinador, em entrevista à Folha.

    Dorival afirma ter deixado o Palmeiras com a consciência tranquila. O clube só se livrou do rebaixamento para a Série B na última rodada, ao empatar com o Atlético-PR em 1 a 1, no domingo (7).

    "Fiz o possível com as condições que encontrei: um grupo inchado e pressionado."

    As dificuldades já eram imaginadas pelo treinador quando ele aceitou assumir o cargo, em setembro.

    Foi por isso que impôs apenas uma condição para comandar o time no Brasileiro –que, segundo ele, não foi cumprida pelo clube.

    "Eu disse ao Palmeiras que só aceitaria trabalhar neste ano se tivesse a garantia de permanecer em 2015", disse.

    Por meio de sua assessoria, o Palmeiras negou a existência de tal acordo.

    Mesmo parecendo contraditório, Dorival não se diz magoado com o clube. Nem mesmo com o fato de a demissão não ter sido comunicada pelo presidente Paulo Nobre.

    "Também não foi ele quem me contratou. Não há nenhum problema", fez questão de enfatizar. "Se ele me ligar para conversar, atenderei sem problema", disse.

    O treinador afirma que o trabalho no Palmeiras foi o mais difícil de sua carreira, e não se arrepende de nenhuma atitude tomada.

    "Tive erros e acertos, dentro da normalidade. Mas talvez tenha faltado alguma competência, na visão do clube", afirmou o técnico.

    Entre os acertos, ele destaca a recuperação do futebol do meia Valdivia.

    "Se não fosse por ele, o Palmeiras talvez não tivesse se salvado de cair para a Série B", concluiu Dorival.

    Julia Chequer/Folhapress
    Dorival Júnior orienta a equipe no empate contra o Atlético-PR
    Dorival Júnior orienta a equipe no empate contra o Atlético-PR

    AUTOESTIMA

    Também demitido na segunda, o ex-gerente de futebol Omar Feitosa avalia que o maior problema do Palmeiras neste Brasileiro foi a ida do atacante Alan Kardec para o São Paulo, em maio.

    "Isso baixou a autoestima do grupo", afirmou. "Ele era um jogador muito técnico, além de ser um dos líderes. A saída dele abalou a todos."

    Feitosa já estava trabalhando na montagem do Palmeiras para 2015 –e com várias mudanças.

    "Para ser protagonista, o Palmeiras precisa contratar cinco ou seis jogadores de altíssimo nível", afirmou o ex-dirigente alviverde.

    Marcelo D’Sants/Frame/Folhapress
    Omar Feitosa (à dir.) após conversa com o elenco do Palmeiras no treino na Academia
    Omar Feitosa (à dir.) após conversa com o elenco do Palmeiras no treino na Academia
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