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    Após punição a Bernardinho, CBV abre mão de sediar finais da Liga Mundial

    DE SÃO PAULO

    12/12/2014 18h32

    Após ser comunicada nesta sexta-feira (12) pela FIVB (Federação Internacional de Voleibol), presidida por Ary Graça, de punições ao técnico Bernardinho e aos jogadores Mário Junior, Murilo e Bruninho, por causa de eventos ocorridos no Mundial masculino de vôlei na Polônia, em setembro, a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) divulgou nota em que abre mão de sediar a fase final da Liga Mundial de vôlei no Brasil, prevista para acontecer em julho de 2015.

    Na nota, a CBV afirma ter tomado esta decisão em "solidariedade aos punidos". A entidade também afirma no texto que a atitude da FIVB está atrelada ao atual posicionamento da CBV diante dos "indícios de irregularidades apresentados pela Corregedoria-Geral da União".

    Nesta quinta-feira, o Banco do Brasil suspendeu o patrocínio ao vôlei brasileiro, após relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) comprovar irregularidades na gestão de dinheiro público na CBV durante período em que Ary Graça foi presidente da entidade.

    A auditoria foi feita pelo órgão do governo federal depois de denúncias feitas pela ESPN Brasil desde o início do ano.

    Jogadores com passagem pela seleção brasileira se revoltaram com as denúncias e falam em parar a Superliga, principal competição da modalidade no país.

    "E o pior, o cara tá comandando a entidade máxima mundial. Sabe Deus o que acontece por lá!", postou o ponteiro Lipe, do Taubaté, integrante da seleção brasileira na Liga Mundial e na Copa do Mundo, citando Ary Graça.

    LEIA ABAIXO A NOTA DA CBV NA ÍNTEGRA

    "Em meio as notícias que envolvem o voleibol brasileiro, posterior ao relatório da Controladoria Geral da União e, principalmente, depois do posicionamento da CBV em acionar judicialmente os responsáveis pelos contratos e pagamentos suspeitos na gestão do ex-presidente Ary Graça, a modalidade mais vitoriosa do esporte do nosso país foi mais uma vez surpreendida com um duro golpe.

    Nesta sexta-feira (12.12), a CBV recebeu a decisão da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), presidida por Ary Graça, sobre fatos ocorridos no Mundial Masculino, na Polônia, em setembro. O técnico Bernardo Rezende foi punido com 10 jogos de suspensão e multa de 2 mil dólares. O líbero Mário Junior recebeu seis jogos como punição, Murilo Endres está suspenso por um jogo e o capitão da seleção brasileira, Bruno Resende, foi multado em 1.000 dólares.

    A CBV repudia a atitude da FIVB um dia depois do seu presidente Ary Graça virar alvo novamente das manchetes dos principais veículos de comunicação do Brasil, numa clara demonstração de retaliação ao posicionamento da CBV frente aos indícios de irregularidades apresentados pela CGU.

    A CBV está prestando suporte jurídico aos ídolos brasileiros e vai apresentar recurso em instância superior. Mais do que isso, em solidariedade aos nossos jogadores, ao nosso técnico multicampeão e em respeito ao torcedor brasileiro, a CBV, por decisão do presidente Walter Pitombo Larangeiras, comunica que não realizará em solo brasileiro a fase final da Liga Mundial, prevista para acontecer no Brasil em julho de 2015.

    Entendemos que o torcedor brasileiro ficará frustrado por não ter a oportunidade de ver aqui as melhores equipes do voleibol mundial, mas a CBV não compactua com as práticas desenvolvidas pela FIVB e toma essa atitude para resgatar o respeito que o Brasil tem e merece no cenário esportivo internacional."

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