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    Oswaldo diz que foi seduzido por estabilidade e proposta de reformulação

    DIEGO IWATA LIMA
    DE SÃO PAULO

    16/12/2014 13h50

    Danilo Verpa/Folhapress
    Oswaldo de Oliveira é apresentado no Palmeiras
    Oswaldo de Oliveira é apresentado no Palmeiras

    Oswaldo de Oliveira assinou contrato com o Palmeiras até 31 de dezembro de 2015, nesta terça-feira (16) e foi apresentado oficialmente com técnico do clube na Academia de Futebol, CT (centro de treinamentos) do Palmeiras.

    Junto com ele, chegam ao Palmeiras o auxiliar-técnico Luiz Alberto, o preparador físico Ricardo Pinto e o analista de desempenho Gabriel Oliveira.

    Trajando terno e gravata, vestimenta que caracterizou Vanderlei Luxemburgo, de quem foi auxiliar no início da carreira, o treinador recebeu do presidente Paulo Nobre uma camisa do Palmeiras com o número 100 nas costas, além de um livro com a história do clube.

    Com seu característico estilo pausado de falar, o técnico fez, logo de cara, afirmações bastante contundentes:

    "Realizo um sonho hoje, ao trabalhar nesse clube com tanta tradição e herança positiva no futebol brasileiro. É realmente uma emoção muito grande, inspiradora e motivadora, acima de tudo", disse. "Vamos buscar ao longo desse ano conseguir restaurar os grandes momentos do Palmeiras."

    "Quero reeditar mais um ciclo vitorioso do Palmeiras. Eu que já vi tantos desde a década de 1960, quando ia ao Maracanã ver Djalma Santos, Ademir da Guia e Dudu. Espero trazer ao clube um pico de virtudes nesta e nas demais temporadas", disse.

    O treinador afirmou que a proposta do Palmeiras, com quem iniciou conversas na última sexta (12), foi irrecusável.

    Fabio Menotti/Ag. Palmeiras/Divulgação
    Oswaldo de Oliveira assina contrato com o Palmeiras
    Oswaldo de Oliveira assina contrato com o Palmeiras

    "O que me seduziu foi a proposta de reformulação do elenco e estabilidade de trabalho, sem atrasos de salários, que não tive nos dois últimos clubes [Santos e Botafogo]", disse.

    Oswaldo também fez questão de mencionar o ex-técnico do clube, Dorival Júnior, a quem fez agradecimento pela manutenção da equipe na Série A.

    O treinador deixou claro que quer trabalhar na formação do elenco do Palmeiras para a próxima temporada, indicando reforços. Afirmou que ainda não conheceu pessoalmente Alexandre Mattos, que assume como diretor-executivo do Palmeiras em janeiro próximo, a quem elogiou pelo trabalho no Cruzeiro, e estabeleceu como 34 o número ideal de atletas para o elenco. E disse que o volante Arouca, com quem ele trabalhou no Santos, seria um ótimo reforço para o clube alviverde.

    "Quatro goleiros e três jogadores para cada posição, de preferência com um garoto da base, podendo, ou não, ser a terceira opção", disse.

    O treinador reconheceu que o início de seu trabalho prático, em 7 de janeiro, não será com as condições ideais.

    "Seria ótimo já começar com o elenco montado, mas sabemos que isso não será possível, pelas dificuldades de se contratar hoje em dia", disse. "Será necessário um tempo de adaptação, para desenvolver, e já estamos com essa missão, buscando organizar o Palmeiras para 2015", afirmou.

    Sobre o trabalho com jovens, Oswaldo reconhece que suas passagens por Santos e Botafogo acabaram fazendo com que ele ficasse identificado por aproveitar bem a base. Afirmou, porém, que idade e até mesmo nacionalidade dos atletas importam pouco, diante da qualidade dos atletas.

    "Acima de tudo, gosto de trabalhar com jogadores bons, de qualquer idade e nacionalidade. Não me importa se é jovem, austríaco ou brasileiro, o importante é que sejam bons jogadores, disciplinados e obedientes", afirmou.

    Tal declaração é tranquilizadora para uma diretoria que teve nada menos que oito estrangeiros no grupo no último ano, dos quais quatro, todos argentinos [Tobio, Allione, Mouche e Cristaldo] entraram em rota de colisão com o antigo técnico, Dorival Júnior.

    Sobre o elenco, o técnico fez elogios ao meia Valdivia, mas afirmou que não se pode construir um time em cima de um só jogador.

    "Se assim fosse, Argentina e Portugal teriam ganhado a última Copa do Mundo", disse. "É preciso montar um elenco competitivo e uma equipe equilibrada na defesa e no ataque", diz.

    Oswaldo também se disse orgulhoso por ser o único técnico na história a ter trabalhado nos oito clubes grandes do eixo Rio-São Paulo. E deu de ombros para o fato de ter tido uma passagem marcante pelo rival Corinthians.

    "Não sou o primeiro e não serei o último", afirmou.

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