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    Líderes querem 90% dos investidores envolvidos em pacto para fiscalizar verba

    PAULO ROBERTO CONDE
    ENVIADO ESPECIAL AO RIO

    19/12/2014 02h00

    Os líderes do pacto entre empresas públicas e privadas para fiscalizar o destino de recursos, que está prestes a ser firmado, traçaram como objetivo ter a adesão de 90% dos investidores do esportes nos próximos dois anos.

    A Folha revelou na quinta (18) que elas cobrarão mais transparência, integridade e melhor gestão das confederações esportivas que patrocinam. Há uma semana, o Banco do Brasil, que está no pacto, suspendeu patrocínio de R$ 70 milhões anuais à CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) devido a irregularidades em contratos apontadas pela CGU (Controladoria-Geral da União).

    Segundo Paulo Nigro, presidente do Lide Esporte e vice da Tetra Pak –uma das signatárias"" para as Américas, arregimentar a totalidade das empresas é "utopia", mas é possível chegar a um número próximo.

    "Queremos mais de cem empresas no pacto. Acho que 100% é difícil, mas entre 80% e 90% de adesão é nossa meta. Aí, acho que cobre tudo."

    Até agora, 17 companhias já firmaram o compromisso, que é amparado pelo Lide Esporte, a ONG Atletas pelo Brasil, o Instituto Ethos e o escritório Mattos Filho.

    Entre as outras signatárias estão Itaú, Bradesco, Nike, Adidas e Correios. Mais instituições negociam para compor o grupo, que lançará o pacto publicamente em abril.

    Tais companhias investem, por ano, pelo menos R$ 550 milhões no esporte nacional.

    "Com o nome das empresas que temos, esperamos ter mais interessadas", diz Nigro.

    Para ele, a associação será um legado do período de megaeventos esportivos no país, que compreende a Copa do Mundo deste ano e os Jogos Olímpicos do Rio-2016.

    "Não sei se esses eventos vão deixar um legado claro, mas nós queremos fazer mudanças positivas", disse.

    Nigro foi atuante na alteração da Lei Pelé, em setembro de 2013, que limitou mandatos de dirigentes, obrigou maior participação de atletas em decisões políticas e impôs regras de transparência.

    Naquele momento surgiu a ideia embrionária para o pacto. "Não queremos que ele puna investidores ou confederações. O intuito é contribuir para melhorar mecanismos de gestão e a eficiência no investimento", afirma.

    As empresas que aderirem ao pacto se autorregularão. As cláusulas do acordo estão em discussão –três reuniões já foram realizadas e uma outra ocorrerá em janeiro.

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