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    Sucesso de Medina deve trazer de volta circuito nacional de surfe

    MARCEL MERGUIZO
    DE SÃO PAULO

    24/12/2014 02h00

    Na onda do título mundial de Gabriel Medina, o Brasil deve voltar a ter seu mais bem-sucedido campeonato nacional de surfe em 2015.

    O Super Surf, realizado entre 2000 e 2009, está prestes a ser confirmado, com quatro etapas de abril a novembro.

    São Paulo (Maresias ou Ubatuba), Rio de Janeiro (capital e Saquarema) e Santa Catarina (Florianópolis) estão no projeto da Abrasp (Associação Brasileira de Surf Profissional) em parceria com o empresário Evandro Abreu.

    Abreu era gerente de produtos da Abril, quando a editora organizava a competição. Após negociação ao deixar a editora, ele assumiu a marca Super Surf por um período inicial de dois anos (2015 e 2016).

    Abreu já planejava a retomada da competição e a onda "onda Medina" impulsionou a volta do projeto.

    "Quando o Super Surf acabou, os atletas ficaram órfãos. O projeto está pronto, sabíamos que o Medina ia explodir, então levamos para o mercado. Está quase tudo certo", disse Abreu à Folha.

    Após o fim do Super Surf, o campeonato nacional foi realizado por dois anos como Brasil Surf, com outros patrocinadores, e nos últimos três como Brasil Tour.

    Em 2014, porém, o campeão brasileiro foi conhecido apenas pela soma de pontos das etapas estaduais.

    O vencedor foi o potiguar Ítalo Ferreira, 20, que em 2015 vai disputar a elite do surfe mundial ao lado de outros seis brasileiros.

    Editoria de Arte/Folhapress

    ÍDOLO CONTRA A CRISE

    Para o diretor-executivo da Abrasp, Pedro Falcão, a crise que afetou a economia mundial em 2008 atingiu em cheio o surfe, com desdobramentos até hoje. Ele define 2014 como "um ano muito difícil" devido à falta de patrocínios.

    "O surfista brasileiro depende muito da premiação para se sustentar, por isso houve uma queda no número de profissionais neste momento de crise. Deve ter 200 no Brasil hoje", calcula o diretor-executivo da Abrasp.

    Agora, porém, o Brasil tem o ídolo que deve trazer de volta patrocinadores.

    As premiações previstas para o Super Surf em 2015 são de R$ 80 mil por etapa, abaixo dos cerca de R$ 120 mil que a competição já pagou. As regionais, hoje, pagam aproximadamente R$ 30 mil.

    "É um momento de readequação do mercado. Mesmo assim conseguimos formar um campeão mundial e isso nos dá boas condições de expansão", afirma Falcão.

    O primeiro circuito nacional foi realizado em 1987, após a fundação da Abrasp. Desde então, já foram cinco formatos e nomes diferentes. E o Super Surf foi o que mais durou (dez anos), com primeira e segunda divisão, em cinco ou seis etapas No Sul, Sudeste e Nordeste.

    Peterson Rosa é o único tricampeão nacional, enquanto Medina, 21, bi sul-americano e campeão mundial, nunca ganhou o título brasileiro.

    Editoria de Arte/Folhapress

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