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    Na São Silvestre das selfies, Chaves é o grande homenageado

    OLÍVIA FREITAS
    DE SÃO PAULO

    31/12/2014 10h22

    O Chaves, principal personagem do ator mexicano Roberto Bolaños, morto em novembro deste ano, foi o grande homenageado da 90ª Corrida de São Silvestre, que aconteceu nesta quarta (31), em São Paulo.

    Em muitos cantos da principal avenida da cidade era possível ver grupos de amigos, namorados e famílias vestidas como os personagens criados pelo ator.

    Thiago Canale, 30, e sua namorada Vivian Valderrama, 27, vestidos de Chaves e Chiquinha não estavam com pressa para acompanhar a elite da prova. "Crescemos assistindo o Chaves na TV e essa é uma forma de homenagear nosso ídolo", conta Vivian, que está em sua primeira corrida.

    Lá atrás no último pelotão era possível avistar várias anteninhas de vinil sendo disputadas por uma selfie. Mais de 20 amigos de uma academia da zona leste de São Paulo resolveram se fantasiar com a roupa do super-herói Chapolin.

    FUTEBOL NA PISTA

    No ano da Copa do Mundo no Brasil, o desastroso 7 a 1 da seleção brasileira parece ter ficado no passado, pelo menos para os animados corredores da São Silvestre. Na corrida, brasileiros e argentinos mostraram parceria.

    O argentino Eduardo Marelli, 77, começou a correr há sete anos e, de lá para cá, não parou mais. Segundo ele, já foram seis maratonas de 42 km cada.

    "A rivalidade fica só no futebol e dentro de campo. Depois da corrida é só abraços e cervejas com os brasileiros", diz Marelli.

    O amigo de Marelli, o também argentino Eduardo Paz, 80, começou a correr há dez anos e participa de sua 6ª São Silvestre. O motivo de tantas voltas, além de querer promover o significado de seu sobrenome, são as amizades com brasileiros. Na corrida de 2012 conheceu uma família de descendentes de argentinos da zona sul da capital e acabou passando a noite de ano novo juntos, o que vai se repetir nesta virada.

    Nesta manhã na avenida Paulista, palco de manifestações da capital, o único protesto foi de um torcedor da Portuguesa. Vestido com trajes típicos portugueses, o sergipano Ailton Leão, 39, que está em sua 9ª prova, decidiu homenagear e protestar pelo seu time do coração, que foi rebaixado para a série C do Campeonato Brasileiro este ano.

    "Acho o cúmulo o que estão fazendo com a Portuguesa. É lamentável porque estão definhando com a tradição do time", conta Leão.

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