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    Confederação de atletismo quer montar CT nacional em Bragança

    PAULO ROBERTO CONDE
    DE SÃO PAULO

    02/01/2015 02h00

    A CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) quer recuperar uma instalação marcada por um escândalo no passado e torná-la seu centro nacional de treinamento.

    A entidade negocia a compra de um complexo esportivo em Bragança Paulista, cidade a 85 km de São Paulo, que entre 2008 e 2009 abrigou a Rede Atletismo.

    Bancada pelo Grupo Rede, empresa do setor energético, a equipe causou frisson no cenário esportivo ao fazer investimento milionário.

    O elenco montado há cinco anos, orçado em R$ 6 milhões, tinha como principal estrela Maurren Maggi.

    Todos acabaram dispensados após seis casos de doping virem à tona envolvendo atletas do time e treinadores de renome, como Jayme Netto Júnior, técnico dos revezamentos 4 x 100 m medalhistas em Atlanta-1996 (bronze) e Sydney-2000 (prata).

    A espinha dorsal do projeto era o complexo esportivo de 210 mil m² –que custou R$ 7 milhões para ser erguido–, com pista certificada pela Iaaf (órgão máximo do atletismo), outra de aquecimento e alojamento para os atletas.

    É justamente esse espaço que interessa à CBAt agora.

    Danilo Verpa - 2.set.2008/Folhapress
    Atletas trabalham no centro de treinamento de Bragança
    Atletas trabalham no centro de treinamento de Bragança

    Segundo o presidente da entidade, José Antonio Martins Fernandes, o complexo bragantino é "estratégico" para as seleções brasileiras e eventos da confederação.

    "Poderíamos ter uma estrutura muito grande lá. A cidade de Bragança tem uma boa rede hoteleira e nos ajudaria a economizar na realização de campeonatos", diz.

    A construção de um centro iria na esteira do que tem ocorrido no esporte nacional.

    O judô, por exemplo, inaugurou neste ano um CT em Lauro de Freitas, na Bahia.

    O principal obstáculo é a captação de dinheiro. A confederação já fez algumas reuniões com os atuais donos, entre eles Jorge Queiroz de Moraes, idealizador do Rede Atletismo, que pedem R$ 9 milhões para fechar negócio.

    Mas as tratativas empacaram. O dirigente conta que a CBAt não tem recursos para comprar o terreno.

    A solução seria arrumar parceiros para efetuar a aquisição. "Estamos atrás de empresas para ver se viabilizamos financeiramente", afirmou Fernandes.

    Um dos potenciais parceiros na empreitada é a Caixa Econômica Federal, que já patrocina a CBAt.

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